quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

[Contos e Histórias] Relatos duvidosos capturados por IHVOC.

Relatos duvidosos capturados por IHVOC. E apresentação ao acervo.

Aos causos de 1730 ad. Anos antes da revolução.

A perseguição aos índios e a destruição programada de sua cultura. A queima de pajés e similares.
A ordem fora clara e dada imperativamente. "Devemos acabar com essa rebelião! Devemos acabar com esses índios! Já o fizemos com os jesuítas!" , sendo a ordem "Queime-os! Queime-os todos! Esfole até suas crianças e mulheres, se preciso, mas queime-os todos!". Os informes da facção "Contra-reformista" era clara. Chame-os como quiser, meu relatório será esse, tenho dito. As sementes foram plantadas, deveriam eles queimar de todos os pajés, como também "quais queres lideres desses Satanismos!".
A marcha das tropas deles fora acelerada, avançavam contra o Cariri, avançam contra outras tribos também. O padre Monteiro estava extinto, mas outros deram as ordens de continuidade de seus atos. Sem demora, das cinzas saíram as ordens.
As investigações foram inconclusivas, como não deixaria deixar de ser per esse tipo de ato militar. Uma destruição clara do rebanho, ligada aos preconceito e ganancia dos "curraleiros e sesmeiros". Para que drogas queria um padre com terras? A guerra nas sombras já se estendia a alguns anos e esse ato refletia o final desse ciclo. "Que bom que queime tudo! Assim o serviço de coletar a cana será mais fácil!" o problema que implica era o queimar tudo, não apenas um ato de latifundiário pensando em lucros e lucros.
Coincidência ou não os próximos atos estavam sendo pré-escritos. "Isso! Criem tumulto e fúria na região! Depois vem querer ter comigo!", esbravejará o N. uma vez. O caos já havia de sido criado, não era uma condição futura. Esperava o que da situação? Por certo não comentei, tinha outros afazeres!
Uma a uma as aldeias foram fustigadas, fugindo entre elevações e bosques malfazejos eles fora indo. Nesse ínterim dos negros d'africa também foram se inteirando e tomando gosto, outros planos tinham. Se aproveitariam o caos instalado, não tinha certeza a época!
Decerto a captura de alguns membros das aldeias, pelas auto-proclamadas autoridades em "nome de deus" levou a belas fogueiras, antecipando ou não os festejos de S. Pedro e S. João, levaram todos as piras. Inocentes ou bruxos, não era a certeza, a certeza era tinham que queimar. Sem clemência ou mesmo Redenção, queimavam eles em Itabaiana e São Cristóvão, os gritos selvagens como porcos sendo abatidos era o que se ouvia, a quermesse ao lado vendia seus produtos ao evento. Pensei nos relatos de meus ancestrais, sobre a velha Roma, festejavam e o império ruia.
Considerei.
Ao modo da época, gritei "Que queimem as feras!", o cheiro pútrido da ofensa chegava a mim, os gritos nunca pararam de chegar enfim.
Plantaram eles na terra seca, com um belo cultivo de sangue e carne a seu deus sanguinário. Senhor das Guerras. Bebiam eles o sangue e comiam a carne de seu filho. Bom, fugi! A que se dizer. Nada mais mo restava, fui para terras em que outros eram os esfolados vivos, negros e seus navios de dor, ao menos não era dos meus...
Restava-me fugir desses senhores. Um grande mercado vi, grandes correntes, cordas grossas, sangue, sangue em toda parte. O cheiro do açougue de gente penetravam em minhas roupas, falavam das missiones,uma coisa é certa.
Ai de mim....

[Contos e Histórias] Investigações e Laudo sobre a extinção de Padre Rodrigo Monteiro.

Investigações e Laudo sobre a extinção de Padre Rodrigo Monteiro.
Por IHVOC.

Laudo. Incidente de 1729 ad. Acervo: IHVOC.
Rodrigo Monteiro, conhecido como o Padre, Alcunha: "Posudo", Alcunha a que se alto-proclamava "Arcebispo".

Temos que em inicio dos 1700 (hum mil e setecentos), o dito Padre, chegou nas Orbis Ciriji, sozinho e sem identificação, sendo logo contatado pelas linhas de defesa, enviaram os "moleques lá" para avisar-lhes dos procedimentos de lei e Práxis. Em seu primeiro momento parecia que concordava com o fato. Antes de ir para São Cristóvão proceder, fora detectado fazendo investigações sobre o autoproclamado "Inquisidor Frans". Não conseguindo seu intento procedeu pela tomada de posse das propriedades da Ordem de São Longuinho em Itabaiana. Como também, se detectou o desaparecimento de menores na redondeza durante todo o período de sua estadia. Não fosse os problemas com os assentamentos e aldeias, como os crimes comuns, as investigações humanas haveria de detecta-lo. Chegando em São Cristóvão, ou pouco antes, o Rodrigo Monteiro se arvorou de vestes vermelhas, duas suposições permanecem, ele as achou na Sé de Itabaiana e a outra a aquisição sob subterfúgio de seus serviços de Fé e obrigações dos fieis. Estendeu suas posse em São Cristóvão, em que demonstrou uma vida abastada nas Tavernas e Estrebarias daquela localidade. Empreendeu modis operandis, o desaparecimento de menores em São Cristóvão. Ao que alegava ser, não prestou quaisquer avisos ou contatos com ordens ou igreja em São Cristóvão. Segundo Membro do conselho, o dito Rodrigo Monteiro, apesar de alegar ser da Igreja, se portava como nobre, andava a cavalo a vista de todos em São Cristóvão, além de ser notoriamente identificado pela sua postura de Não usar camisa ou vestes que cobrissem a face posterior do torso. Se recusou a prestar quaisquer rendições ou prestações especificas de homenagem ao conselho. O qual sem duvida tais noticias se espalharam. Talvez mais um indicio para a sua extinção. Relata-se ainda que manteve contato expresso com o autoproclamado Daeva Francês abatido no incidente em São Cristóvão. Voltando a sua estrutura montada, Rodrigo Monteiro , procedeu por convocações sucessivas dos Lancae Sanctum, para convence-los de atos para o bem da fé-Católica, algo do qual foi um proceder não usual entre os membros. Lançou bases para uma tomada sub-reptícia de poder. O qual não deixou de ser percebido pelos membros de Orbis Ciriji. Consta dos relatos e informes anexos, que as atividades incluíam operações vindas de Estância, como um conhecido detrator Lancae Sanctum, conhecido como Klaus, acreditas que seja do clã Nosferatu. Esse quadro levou, com o aumento das atividades do Padre rodrigo Monteiro, em seu intento indiscriminado a:
1- Quebra dentro de seu grupo de aliados; 2- Acirramento da questão indígena em Itabaiana; 3- Envolvimento de outras partes aliadas as partes ameaçadas. Como os "atos de Guerra" empreendidos dentro da Orbis Ciriji.
O desvio das atenções favoreceu as atividades do criminoso, conhecido como Zé Três Foices ao sul da Orbis Ciriji. Um grande quadro militar se opôs as atividades do Rodrigo Monteiro. Os indígenas, principalmente Cariris, atacaram pelo oeste, um grupo de incendiários veio do leste, pelo que consta dos informes, Operações de contra informações foram lançadas ao Sul de Itabaiana. Restava ao Monteiro seguir para o norte, que ele não o fez. Os mortais notaram o aumento da violência na região. O estopim dos acontecimentos fora o incêndio diurno da Sé de Itabaiana de St.Loginus.
Relatam que atordoado o Sr. Rodrigo Monteiro a noite que se seguiu, lançou-se em uma orgia com menores em certo estabelecimento de itabaiana. Tão logo a explosão e o incêndio se seguiu naquela localidade.
Extinto fora Monteiro. As investigações de acerca de seus destruidores permanecem. Nada que constes nas leis permite tais atos públicos.
A situação permaneceu tensa.

[Contos e Histórias] O lobisomem de Estância.

Comentários de IHVOC acerca dos incidentes com o Lobisomem de Estância e o envolvimento de membros extintos ou pré-revolução.

O lobisomem de Estância.

Incidentes de 1730 à 1770.
O senhor Nicoló tomou conhecimento do incidente com o lobisomem ou seja o que for em 1730, mas como sempre foi, com assuntos relacionados a essas situações, não chamou atenção imediata até que se apresenta-se como problema. O fascinante do caso, é que o quadro apresenta sempre uma infiltração inicial esquecida.
Um boato, um sinal leve, percebido como um aviso simplório. A difícil captura de informações é enorme. O que surpreende pelo tamanho da letalidade da situação.
Com as secas sucessivas, se percebeu um numero crescente de gado morto, para olhos comuns causa direta da seca, parece-me que as pessoas atenuam tudo, principalmente quando se passa informe para superiores ou encarregados.
Pode ser averiguado que, houve um aumento crescente de mutilações. O que me chamou atenção ao caso. Como associar os eventos com a atividade da criatura.
Frente a outras pressões Nicoló, empreendeu um pequeno projeto em 1760, que envolveu popularizar conceito sobre lobisomens, assim esperava que com o boato mais familiar a população, tais sinais pudessem ser encontrados por seus caçadores. Um risco muito grande de quebra da máscara se estabeleceu com tal ato. Contudo não foi bem sucedido naquela década a achar a criatura. Mas fez com que a criatura tomasse certa linha defensiva.
Segundo velhos registros do memorial ainda existente do Nicoló, escreveu:
"Que venha esse tal de lobisomem, eu arranco os pelos dele e tripas. E queimo ele todinho."
Esbravejava Nicoló frente a caçada mútua. Mas isso não significava nada a criatura.
As depredações continuaram, os eventos em Estância e outras localidades possibilitaram a criatura perdurar em suas atividades até 1770, o que não deixa de ser um sucesso estrondoso em vista a sua existência violenta.
Com a grande Seca de 1770, a criatura ficou latente, deixava rastros mais claros.
Alguma coisa aconteceu, a criatura atacava as claras, matando vendedores e atacando casas. Como único predador concorrente a criatura, Nicoló logo movimentou seus servos e lacaios. Empreendeu um número maior de patrulhas, mas ao que parece, não alcançou seu intento diretamente, a criatura viu a situação como uma opção maior ao seu cardápio, até que se viu desesperada e atacou uma das patrulhas, essas estavam a par da situação e logo preparadas.
Em uma emboscada mal sucedida, a criatura fora alvejada violentamente e decisivamente pela patrulha. Não existia mais lobisomem em Estância, gabavam-se. Contanto os registros e provas de quebra da mascara desse membro ficaram registrada na história.
Até os adventos em Itaporanga.

[Contos e Histórias] Conspirações e atentados a Sé de Itabaiana em 1729 a.d.

Pesquisas e Estudos de IHVOC. Conclusões.

Relatório de Atividades. Das Obrigações e Deveres. Arquivo: Classificado. Confidencial.
Conspirações e atentados a Sé de Itabaiana em 1729 a.d.

Os incidentes relatados em 1729 ad, revelam a constância das atividades e afazeres contraditórios de três ou todos ditos grupos envolvidos na guerra pela "(ACESSO 3)". As atividades empreendidas, que pelo possível apurado, tiveram inicio com o grupo, aqui classificado como "liga Católica barroca".
A sucessão de poder entre os ditos Lancae Sanctum, entre o "Inquisitor Frans" e o "Arcebispo Rodrigo Monteiro" deu inicio as "Reformas" e aos "Editos". Suas forças empreenderam uma campanha para mobilizar o mundo mortal em certas posturas, no melhor Espírito, posturas de intolerância religiosa, como também postura de controle único e "verdadeiro de fé". Dois pontos, ou mais controversos. Comentários: "(ACESSO 3)".
A mobilização das forças contrarias fora imediato, atos de retardamentos e contra operações foram lançados pelo "Empreendimento J.M.". Como também a reação natural do próprio grupo a ser imediatamente ofendido, como o Membro dos Cariri, conhecido entre os de Orbis Ciriji pelo nome "Labaut".
Todavia esses fatos só seriam classificados como "atritos normais". Não fosse o andamento frente ao Conselho, o Clã Gangrel reivindicou a sucessão natural, encabeçado por Labaut. Seguira ele o trâmite correto, sendo de imediato referendado pelo Conselho de Orbis pelo qual não se opôs. Assim o "Padre" Monteiro lançou-se a posse da Sé de Itabaiana e exigiu a caça aos selvagens e hereges, apoiando no direito de Uti Possidentis. Não fosse só isso empreendeu reprimenda a existência as ordens Terceiras. Afetando a esfera secular.
Temos que o quadro de opressão fora lançado, como também uma corrida para fortalecimento de "fronteiras contestadas". Como não poderia deixar de ser o clã Merqueté empreendeu apoio ao seu filho. Informes: "(ACESSO 2)" , instrução clássica.
Dessa forma vislumbramos a manutenção tradicionalista empreendida pelas forças do "Cotinguiba", das formas: "(ACESSO 3)". Manteve assim o equilíbrio das coisas de forma clássica, a critica vem da não resolução da problemática e da ação muito modesta, comprometendo as ações necessárias e proprietárias no quadro seguinte.
O que se apurou das ações fora: A reorganização dos grupos, a disparidade dos interesses, a falta da rede eficaz de informações, Inescrupulosidade das operações de dispersão.
Assim a quebra dentro do grupo da liga católica e alinhamento ao "Sol Negro", levantou certas posições.
Temos que, o incêndio da Sé de Itabaiana fora ato de guerra dos Membros de Estância, e apesar de saber dos passo ninguém interceptou os atos, podendo fazê-los ou querendo fazê-los mas não podendo os mesmos.
Assim temos o primeiro ato de ataque a igreja de St. Loginus nesse século, considerando somente Itabaiana.


Comentários: "(ACESSO 3)".

Fim de informe.

[Contos e Histórias] Nascido na dor, crescido no sofrimento, abençoado nos sertões.

Totonho Valente, Matador de Bestas.

Nascido na dor, crescido no sofrimento, abençoado nos sertões.

Ano de 1708 de nosso Senhor. Seguindo as pistas dada pelo conselho da Ordem, sobre os últimos relatos de Padre João, dos idos de Itabaiana até o reduto a qual chamam Itabaianinha. Segui as informações. As pistas eram fortes, os indícios eram claros. Os Servos dos demônios agiam claramente e sem maiores precauções. Tomei minha companhia de viagem, o pequeno Alfredim, dei-lhes as águas e alimentos necessários.
A atividade era intensa. Conduziam gados e carroções a terras que já tinham donos. Com certeza se houvesse verdadeiras autoridades, estas estariam preocupadas. Segui o menino servo, como era de meu conhecimento, ele seguiria até seus mestres. Já estou experiente em certos percalços, mas sem dúvidas um meninote em qualquer idade, não lhe restaria a fazer o básico, beber de água, como qualquer amaldiçoado aquele meninote não bebia água a 15 dias, estava forte como um touro, eu e o Alfredim seguíamos nesse "breve" período.
Segui como dito as pistas, encontrei-me na localidade de Lagarto, povoado pequeno. O rápido moleque tinha sumido, um sinal claro da atividade de seus mestres. Os sinais das trevas eram evidentes. Alguém tinha me prestado serviços, vi um sol negro entalhado em um canto, talvez nesse símbolo se não me engano, havia uma cruz entalhada. O demônio que o fizera era audacioso. Tratei de imediato buscar as pistas e caça-lo. A brincadeira era cruel as pistas eram latentes, mas estavam claramente sendo apagadas. Metodicamente, umas a umas. Pelo que, me permiti saber da gravidade da situação que me encontrava.
A partir de algum momento passei a ser caçado.
Estava cercado e acuado no meio da vastidão. Contudo se sai-se de lá como um velho poltrão assustado seria de imediato detectado. Juntei-me ardilosamente a serviços menores num dos currais. Serviços menores e solitários. Garantiria assim meu anonimato. Não recuei, minha caçada persistia no jogo letal e pelo tempo, contudo o tempo tinha outros planos para mim.
Estávamos então em 1729, pelo o que eu considerava real, quando soube dos acontecimentos em itabaiana. Só reforçaram minhas convicções. A guerra em algum momento havia cessado? Questionei-me. Contudo as informações vinham e juntei-as, muitos meninotes daqueles haviam morrido, havia algo que não havia considerado no quadro. A guerra entre os demônios estava em prosseguimento, uma brecha ao qual poderia aproveitar. Meus velhos passos haveriam de ser dados, não poderia desistir. Contudo a vida me pregou uma peça a qual eu devia de dar atenção...

[Contos e Histórias] Fatos e Historias de Totonho Valente, Matador de Bestas.

Registros de um Caçador de Bestas. Capturado por IHVOC.

Fatos e Historias de Totonho Valente, Matador de Bestas.

Relatórios Interceptados. Crônicas de Orbis - Acervo das Eras (Confidencial).


Abrindo foco, luzes, visão aérea de uma pastagem verde, transição acompanhada de grasnado de um corvo, a terra seca e os espinheiros sobrevivem. Uma típica igreja e seu seco cemitério, ao estilo local aparecem. Tempo acelerado dias e noites passam.
Um viajante em vestes e manta de couro surge, guiando seu burrico (ou jerico). Segue a igreja, sobe a leve inclinação. Segue a porta da igreja se ajoelha saca uma coisa do bornal de couro. O silêncio permanece, o grasnar do corvo acompanha a brisa e o barulho do mato e o anoitecer precoce.
Totonho adentra o olhar no infinito, a cena foca seu rosto, enrugado pelos desafios da vida e a demanda do clima inclemente, suando continua sua reza, que o som do fundo crescente de um coro barroco colonial juntamente com rezas dos sertões de velhas beatas, cobre mas não em todo a oração de Totonho, frase das orações podem ser ouvidas, "Pater Nostro.... Mãe.... Pecadores.... na hora da morte..."
Então, num Amem, o quadro distancia o foco de Totonho, apresenta um ser em pé, fora de foco as sombras o cobrem, sua silhueta se torna mais nítida, Totonho continua sua reza, a noite é inclemente ventos fortes levanta poeira. O silencio permanece até o velho grasnar do corvo, o corvo era o homem atrás de Totonho.
Um estalo forte, dando inicio ao embate, o agressor corre em direção a Totonho, som de marcha de guerra e trombetas dos metais se torno estarrecedoras. Totonho continua em sua posição, foco para seu olhar, ele espera sua vez, o silencio permanece com Totonho, o som de uma lamina de metal passando numa pedra é ouvido na troca de quadro.
O agressor ataca Totonho com velocidade incrível, contudo um barulho surdo de baque é ouvido, a cena enegrece. Coberto de Sangue Totonho guarda seu punhal guarnecido com cruz de madeira. E finalmente bate a porta da Igreja.

[Contos e Histórias] Invasão ou rendição?

Memorial de Natanael Portis Negrão.
Documentos recuperados por IHVOC

Invasão ou rendição? (Incidentes de 1702 ad).

Um incidente chamou a minha a atenção na idos do ano de 1702 do calendário católico, há de se fazer ressalvas, seguia pelos meus afazeres e a correção ao meu ver dos incidentes das fronteiras, a seca embora preocupa-se os humanos me deixou com pé atrás, desse modo estava verificando alguns incidentes recentes num dos engenhos, não que consta-se das investigações dos bons Senhores daqueles tempos, não me refiro aos "bom-dentuços".
Minhas alertas vieram contar-me a convergência, não poderia dizer que as reservas sobre a dita lei do conselho estava funcionando, ou se era um plano malicioso de Ataban o Seguidor da Santa (Santa mesmo, não Satã, pelo que eu investiguei), pelo que me constava estava el-lo em Itabaiana a espionar...
Então a convergência, devia apresentar-se o candidato a cidade dita "Neutra" de São Cristóvão, então lancei-me mais batedores... Os "moleques lá" vinha constrangidos com ditos estranhos, todavia prossegui com os afazeres...
Segui o leito do pobre Cotinguiba, deveras a seca tinha feito grandes reveses. Cheguei em Breve na cidade de São Cristóvão e armei as defesas, fiz o que mais sobrava o caso esperei.
Veio as noticias então, chegaram os três vindos da direção da Serra de Itabaiana, um outro ficou em Estância, esse mereceria uma atenção reduzida e postergada devida a situação, isto é, depois eu resolveria se necessário.
Como as noticias demorariam a chegar em outras "villas", como a Nova e a de Lagarto, entretive-me com a situação. Um dos recém-chegados em vestes vermelhas, muito forte , dito Padre e sem camisa, vejam só a perfídia vindo destes. Erasmo de Roterdam, só lamento suas origens, me foi muito persuasivo suas mensagens repassavam em minha mente com o informe. Antes que se confunda, não, não era Erasmo de Roterdam que tinha vindo... Este dito padre, se apossou de um aposento numa das taverna conhecida. Os outros dous lhe seguiam, estes eram mais "vividos", mandou sabiamente um batedor a frente, e o caçador logo atrás mas de olho. Sorte minha e experiência na guerra, me mostrou a situação em sua totalidade. Esperei. Apresentei-me a um por vez. Tentei contornar os perigos. Convidei-os a irem a minhas propriedades. Como de praxi na época, considerei que viajar em grupo seria melhor, em logo um quarto e estranho, dito Francês, se juntou a comitiva. Irritei-me. Disse-lhos que devíamos ir rápido ao Cotinguiba, que prestassem logo a Rendição. Ficaram furiosos, pareciam não conhecer o próprio vernáculo, queriam acaso que usasse eu "juras".
Adverti-lhes várias vezes sobre os perigos de ficar no meio do caminho discutindo, estavam quase entrando em duelos com eles mesmo, tive que considerar a situação.
Propus, interrompendo-os, sem "interesse algum", que Fôssemos logo ao Cotinguiba ou voltássemos a São Cristóvão. Essa situação pró-emboscada se esvaia , livrei minha pele de decisões atrozes. Voltávamos a taverna, qualquer uma contanto que estivesse aberta.
As suspeitas deles recaíram sobre meus linguarejares, fazer mais não poderia, considerei apenas. Chamei os aliados noturnos, com muita sorte muitos vieram, pedi-lhes que aguardassem.
Querendo ou não fizeram os ditos livres senhores suas rendições, em termos mais medíocres e feudais que puderia eu esperar naquela terra, de fato rejeitei a formalidade mais clássica.
O Padre se apresento primeiro, se apresentou como nobre e poderoso senhor de inquisição, todos o eram na época pelo me consta as orelhas. Não quis dizer nome, linhagens e tal, contudo corretamente, o que lhe salvou de um interrogatório, apresentou a recusa de envolvimento que sua ordem lhe impunha. Concedentemente entendi a desfeita. Outras coisas preocupavam-me.
O dito Francês, empreendeu um desafio, estaria esperando do lado de fora, como se não tivesse entendido consenti com o agente.
Uma embosca, nas minhas condições. O Índio se apresentou, só queria representar seu povo, sua juventude era latente, concordei com seus requerimentos. Seu companheiro Holandês se apresentou, rosnou como se quisesse impressionar, avisou-me em ordem sobre o território dele. Demovi suas asneiras com perguntas simples, não queríamos ter um problema de ter invasores não é. Atordoado concordara, saía como se tivesse "imperado" segundo ele mesmo.
Minha arrogância naquela noite ainda estava para acontecer, todos já tinha ido, menos o "Creole", se fosse outra a minha natureza teria me preocupado mais.
"Vamos ver do que tu é feito!" disse em tom de gracejo.
"Vejam só!" respondi.
Ao qual um tiro me respondia. As velhas artes me serviam, arranhado fiquei, contudo meu golpe fora certeiro, meu não digo-te a verdade , de meus pequenos amigos que o cobriram como um exame. Acabará o meu desafio, a carcaça consciente olhava-me. Afinal Tinha eu uma decisão a tomar ainda naquela noite.

[Contos e Histórias] Odes esquecidas.

Sobre Zé três foices.

Odes esquecidas.

Galope ensandecido, seguia a trilha pelos coqueirais e elevações e descidas.
A chuva persistiu por um tempo, depois fora levada pelos ventos a distancias desconhecidas das terras bárbaras do novo mundo. A lua surgia embevecida de seu sono úmido, embaçada lançava a noturna luz das trevas. A mensagem devia ser entregue, era crucial para as informações, quem sabe uma promoção entusiástica ou que destino cruel continha. Como de costume eu era a mensagem, o papel escrito era o tradicional embuste. Nada restava a não ser seguir. As aves enjauladas sacudiam comigo ao lombo do cavalo. Os coqueirais ondulavam a força do vento fazendo o chiado puxado assustador. Seguíamos a toda velocidade, quem estivesse nas redondezas ouviria o galope a distancia. Emboscadas era o mínimo que acontecia, bem que eu sei. Faltava pouco, quando os chiados infernais surgiram, as aves se debatiam nas gaiolas de vime ou sei lá o que era.
O cavalo desviou o caminho e deu voltas longas, suava. Então!
"Estás atrasado! Oh menino de recados! Mula besta e mulambenta, passas logo que quero e tua morte será rápida. Ou podes escolher o que eu sempre prefiro! A caçada!".
Concentrei minhas forças saquei a pistola a um movimento e deslizei o punhal a posição da sela. Retorquí então: "Quem zomba assim espera no mínimo uma morte honrada. apresente-se e lhe honrarei com os devidos respeito que merece!".
Pula dos coqueiros a criatura. O estrondo forte faz o cavalo relinchar. Ao qual humildemente desço. A criatura se limpa quer se tornar ironicamente respeitável. "Passa! Poupa meu tempo mínimo!" diz com tom de irritação crescente. Tempo necessário para lhe dar o tiro.
Este vergonhosamente não finda com a criatura, que saca agilmente duas foices e faz o barulho com o rodopio das armas.
Dous ou três passos para trás. Mostro-lhe ameaçadoramente o punhal. Ao qual a criatura ri. Avança sem preocupação, ao qual golpeio, ele se esquiva e ri maravilhado porem sua reação a seguir não me foi proveitosa. Cada arma dava seu golpe, o corte cobriu a face da criatura com sangue, ouvi então antes da queda os ossos sendo trinchados como o do abrir um leitão no abate com um cutelo.
Minha historia ali tinha se exaurido.
Abaixou-se então a criatura, calmamente pegou o punhal que portava ao qual guardou com muito gosto. Disse então "Vosmecê que quis assim. Zé três foices lhe foi gentil. Encontre com o Criador!", pegou logo após o bornal que continha a mensagem. Socou o cavalo que logo tombou.
Nada mais nós restou. Se não fosse um pequeno incidente que mudaria minha condição...

[Contos e Histórias] Odes e Lamentos.

Memorial de Natanael Portis Negrão.
Recuperado por IHVOC.

Odes e Lamentos.


Tragedia em minha existência. Me vi coberto de sangue novamente, tamanho horror cobriu meus sentimentos, o sangue secava depois de um tempo e sangue novo fluía sobre mim, em minhas mãos, em meu rosto em minhas calças e camisa. Estava coberto de sangue, a fúria me levava de tempos em tempos a aquela noite a proceder, estava exausto, nada mais me importava, não corri aos abrigos, simplesmente me arrastei e me coloquei em posição confortável. Tamanha fúria e remorso me acompanhou àquela semana.
Eu não me bastava mais, senti-me só e abandonado, a quem eu clamaria ajuda e reconforto. Um assassino como eu teria algum conforto? Esperei até que a justiça aparecêce a galope, nada a não ser os claros esporádicos da tempestade em algum outro ponto de Ciriji. A fogueira alaranjada e seu vórtice insano subia aos céus.
Nada bastava a mim, dormi o desconfortável sono daqueles amaldiçoados pela sua própria razão, despertares repentinos e incômodos, dores suspeitas em partes diversas do corpo, olhei a minha mão retalhada em ferimentos, como os tinha feito. Tinha sagrado aquele padre, arranquei-lhe a face as mãos nuas, quebrei-lhe as mãos , perfurei-lhes as pernas com algo pontiagudo que se esfacelou em minhas mãos e a retalhou-a, as cadeiras usei-as como porretes, até ter um simplório porrete ensangue em minhas mãos.
Dor e ódio me corrompia as lembranças, a fúria que seguiu-se e meus atos de ódio. O fender as cabeças do casal que gritava, com golpes rápidos...
Só as lagrimas dos inocentes que por lá estavam, choravam, enquanto sentir-me recobrar-me o controle, minhas mãos doíam, pois que? Por que doíam?
Queria fazer algo, queria não ser eu, não ser a maquina irascível de destruição, mas não tinha-se essa consideração. Farpas imaginarias tirava de minhas mãos. Lavei-as varias vezes naquela noite e nas seguintes, o pobre cão era a única coisa que me amava incondicionalmente, como queria que houvesse alguem naquele momento para com que eu pudesse lidar.
Tinha vontade como ondas sucessivas da mare a praticar o mal a acabar com tudo, que viesse as autoridades e me levasse ao meu destino, resignava-me eu a ida aos infernos, onde mais encontraria calor que acalenta-se a minha'lma.
Reconstruir-me depois daquele episodio me parecia proeza, recolhia os fragmentos de minha alma e empilhava-os no novo castelo de areia. Temia a nova onda que o pusesse a baixo, não queria que voltasse a acontecer, faria de tudo, tristemente como sabia que seria com o castelo, cedo ou tarde a onda me pegaria. Por que? Por que? Gritei a mim em silencio dos catatônicos.
Tinha um projeto a cumprir o prazo era exíguo, tinha que me ater em algo. Cogitei durante a dor me livrar daquela existência patética. Nada mais me restaria, a não ser escravo da fúria, a privação de minha mente logica, cultivada com dedicação e sacrifícios. Fiquei me questionando. Quando haveria de me civilizar e vencer a natureza implacável e imprevisível exceto na certeza de que voltaria.
Esperei a proximal noite pela resposta, e a próxima, e assim. Esperava encontrar a solução, não podia-me aceitar assim. Me tornei seco e amargo assim, sorria "amareladamente" como de práxis. Não me agradava as coisas comuns, elas não me surpreendia e não dava os prazeres cotidianos. Pois via as coisas sem mais ilusões e conforto que as pessoas comuns as tem.

[Contos e Histórias] O desaparecimento de Leroy.

Memorial de Natanael Portis Negrão.
Recuperado por IHVOC.

O desaparecimento de Leroy.

Por Natanael Portis Negrão.
Jaz alguns anos e nada de noticias, sobre o Senhor Leroy, chegou aqui com a nau dos piratas aos farrapos com avidez incontida em seu olhar. Segui horrendamente para São Cristóvão, ao qual nos tivemos nosso pequeno embate, por seu dizeres e traços comuns de costumes sem duvidas pertencia ao Invictus, por costume ou não, segui o protocolo como se o fosse, como necessitava de um local, o velho pedido de abrigo irrestrito pela necessidade.
Não tive muito o que meditar, despachei-lhe logo um objetivo, que a muito nos importunava, desdes os idos de 1645, o fato de diabolistas associados aos holandeses, sem dúvidas há que se dizer que esses flamengos eram muito astutos até pro capeta apelariam para vencer sua sórdida guerra comercial, se é que se pode dizer isso frente a "honrada" companhia das índias ocidentais holandesas. Divertido saber os informes posteriores que os sujos de França católica iria cobrar seu apoio a sua rebelião, e a sabotagem clara ao império ibérico no processo, heheheheh, nasce a confederação livre católica ao sul de holanda, dêem boas vinda a Bélgica. É os f rancesces católicos estavam com saudades de Lotário...
É um fato, a muito, depois de seus feitos auto-promocionais, ele sumiu, Senhor Jose dos Santos, o segundo da família nosferatu despachado, não achou nenhum rastro do dito e notório Duque do Urubu, o Senhor Leroy.
As investigações sobre os demonistas e encapetados prosseguiu sob judice do Duque de Brejo Grande, como insistiu amavelmente a ser chamado, disse-mo que Duque do Brejo Grande era em vernáculo local errado, pensei comigo "Não é um Brejo mesmo?".
Sobrou para esse novo Duque duas soberbas investigações para serem resolvidas, pedia verbas, e demais coisas que se vê em que está falido, sem duvidas algumas. Como era de meu interesse a proteção ostensiva ao largo do Rio São francisco, consenti, como se fosse o mais desinteressado e abobado doador. Sem pestanejar ele iria reforçar suas redes de influencia e as informações sobre o local, assim ficava em divida e aumentava seu interesse por lá ficar. Muito produtivo os investimento.
Muitos anos se passaram, achara enfim a rede demonista, nenhum rastro do dito Duque do Urubu, a essas alturas o considerava extinto. Talvez em suas averiguações o Senhor Leroy fora capturado e devidamente punido por sua intromissão.
O que me chamou atenção contudo foi o mal hábitos do lugarejo de penedo e arredores de devorarem uns aos outros, no sentido literal.

[Contos e Histórias] Atos de Guerra.

Atos de Guerra.
Documento recuperado por IHVOC.

O Conselho decide:
Redige as decisões:
Devido a Grande Seca decide:

Convergir as fronteiras dos territórios pelo Rio Vaza-Barris, pela navegações pela Barra do São Cristóvão às Barras da Ilha dos Coqueiros.
Seguindo a determinação de 1658 ad, como medidas.

Decide:
Ficam postergadas as decisões dos territórios da Barra de Estância (Sul) e a da Barra Nova (Norte).
Para a Sé de Itabaiana fica as recomendações sobre os Sertões e Altos Sertões. Averiguadas assim que o Conselho receber parecer.
Observa-se que os territórios vizinhos do conflito de Geremoabo tem capacitação para a Defesa.
A fronteira do São Francisco responderá as regras tradicionais de Navegação, como seus riscos.

Assim, em 1701 ad (Hum mil setecentos e hum de Nosso Senhor).Villa de Santo Amaro.
Natanael Portis Negrão.

[Contos e Histórias] Zebedeu está extinto!

Zebedeu está extinto! Erros e equívocos de uma era conturbada.
Documentos Recuperados por IHVOC.

Por Natanael Portis Negrão.

Carta aos Membros do Conselho e Orbis Ciriji
Caros Membros, associados e vassalos, como também os empreendedores livres, de Orbis Ciriji. Por essa carta e mensagem notifico-vos dos últimos acontecimentos da guerra a Torre negra de Geremoabo. Zebedeu está extinto. Nesse idos de 1694, chegou-nos os informes positivos e com provas substancias do fato, que nas fronteiras entre os territórios do Cotinguiba e os Território da Sé, Zebedeu fora extinto, agentes do clã Gangrel, o exterminaram na referida divisas.

O notório criminoso e inimigo declarado da Orbis teve suas atividades extintas como também de sua pessoa. Observações contanto se faz a, as represálias que decorrerão de seus traiçoeiros lacaios, que sem duvida concorrerão a coroa da torre negra. Se faz jus que se proceda por medidas defensivas, esses ataques são notoriamente atrozes e bárbaros, como os últimos acontecimentos de São Cristóvão. Fácil aperceber tais coisas e atos.

Assim dessa forma, encaminho ao conselho o pedido de extinção de Ataban o atarracado, fiel portador da voz de Zebedeu. Já que este pode ser o elemento organizador dos referidos ataques e estrategias maléficas para submeter as terras de Ciriji.

Como de praxe enviamos cartas e comentários a Torre da Bahia, esperamos sem mais demoras atitudes contra tais atos hostis.

Assim em fé deposito a carta, em anno de nosso senhor de 1694,
Natanael Portis Negrão.

[Contos e Histórias] Incidentes Cruciais: Da Calamidade à Conquista e Estabilidade.

Incidentes Cruciais: Da Calamidade à Conquista e Estabilidade.
Registros recuperados por IHVOC, que crer que seja de 'Vigário da Fé'.

Por Leroi Desfleurs

Dos pântanos e emaranhados estranhos segui rumo ao grande rio e ao entreposto do Urubu, fácil foi obter a informação, os flamengos com suas exigências sobre seu fortim a muito me ajudaram. Segui todas as pistas e as "provas do inimigo", conquanto parecia-me que deveras era hábil, não havia evidencias de um estabelecimento condicente a nossa raça. Nem condicente a um bem sucedido conquistador, sem duvida o medo e a familiar opressão pairavam como uma neblina ténue e constante.
Clamei só, perante a infinita escuridão, a posse inequívoca e solitária de minha pretensão. Nada me respondeu evidentemente. Longas noites se passaram, esforço e dedicação em coisas quotidianas e fugazes me eram exigidas, se tivesse suor e lágrimas as teria disposto a essa terra seca. Tão logo, finalmente estabilizado, me arvorei de minhas antigas convicções e uma crescente e presente arrogância. Sabia do pequeno passo a ser dado, na ténue navalha da noite.
Envie tão logo o pude o comunicado. Ora que arrogância me arvorei. "Eu Duque do São Francisco e Cerco do Urubu, afirmo minha pretensão de posse 'ut possidentis' dessas terras, filio minha fé no compromisso acertado, clamo cadeira frente ao Conselho assim como posto no contrato auferido." Teria sido formal demais, jamais saberei. Contudo o pequeno passo rumo a pretensão tinha dado certo, resposta chegará prontamente, "Saúdo-vos ó Duque, terá sempre cadeira cativa a esse Conselho, Natanael Portis Negrão, Senhor do Cotinguiba".
Assim me inserir com grande honras a esse pequena comunidade e sociedade. Empenhava agora os domínios do norte ao nosso pequeno reino 'faça você mesmo' e meus novos associados. Não negligenciei minha intrépida vontade de sabotar os Flamengos e estabilizar a região para o meu intento.
Tão logo me apercebi dos boatos, do perigo que a tempo não havia de ter encontrado, primeiramente como pequenos e isolados acontecimentos, um 'escravo encontrado cravejado de pedras', uma 'criança degolada amarrada ao jerico' e tamanhas ofensas corriqueiras desse tempos de guerra, contudo deparei-me com os fatos, não eram atrocidades impetrada pelos afectados flamengos. Tratei de averiguar o que o Conselho tinha de informações sobre as atividades dos Iberos. Recebida os informes datei de compreender que eles estavam dispostos ao largo de itabaiana e e descendo a serra com escaramuças. Muito longe para ataques de escaramuças. Meditei, temerosamente juntei em meu quadro mental as informações. Um coisa atroz e cruel jazia a sua índole perversa a região, arvorei-me a obter informações constatando as redondezas do Brejo Grande o maior numero de danos.
Não pude agir, o afã da batalha do Urubu a todos nos pregou uma surpresa. Depois da recuperação os fatos de brejo grande persistiam. Noticiei os fatos e pedi ajuda especializada. Jamais pensei que a necessitaria. Como não hesitei ceder a minha curiosidade vi-me nos arredores de Brejo Grande esperando o acontecimento. Julguei-me exposto, assim procurei dar-me abrigo.
Tão logo em poucas noites, minha curiosidade era satisfeita, vira a criatura em veste macabras de palha, ritual tão funesto só vira no velho continente, mas esse era totalmente diverso, todo vestido de palha dos pés a cabeça, sacolejava um cetro ensanguentado de palha, gritava alto coisas profanas, tampei os ouvidos, uma nevoa verde se erguera. Jamais considerei entrar em pânico, mas essa era um daqueles momentos em que se cogitar tal coisa era deveras razoável. Dous negros d'africa fortes traziam uma jovem Batava nua e esperneante ao Ser de palha. Dois jatos de chamas saíram da boca do ser de palha, juntei toda minha coragem e me contive. A vitima tão logo tivera seu coração arrancado, o cheiro de sangue parecia um convite perverso, mas o medo me convenceu de rejeita-lo.
longos minutos se passaram, não queria estar ali, olhava fixamente esperando que tudo acabasse logo, era somente o que eu queria naquele momento.

[Contos e Histórias] Controvérsias perdidas no Caos.

Controvérsias perdidas no Caos.
Documentos achados por IHVOC, que crê que seja do 'Vigário da Fé'.

Por Leroi Desfleurs

A algum tempo antes do incidente procurava refugio, guerras aconteciam nada de esperança restava-me, minha condição chamava deveras atenção. Insisti com uns conhecidos uma fuga uma rota o que fosse, aqueloutros lamentariam um dia.
Tamanho afã, vi-me a seguir uma rede, alguns daqueles outrora que abertamente clamavam se huguenotes as escondidas estavam. Tamanha manobra me vi apto a operar. Ameacei-lhes em dó, eles haveriam de me dar abrigo ou ver acesas as chamas da perseguição. Montavam eles uma pequena "expedição de negócios", tamanho ato muito agradava-me. Segui com eles conforme o "Combinado". Em poucas noites me fiz esquecer, perdido estava achavam, um tanto melhor, tempos de guerra, logo saberia do tamanho da empreitada, descendo a costa d'africa seguiram e novamente em altos mares seguiram. Cultivei ordeiramente as provisões. Em terras do Sul estávamos. A muito soubera durante esse tempo, estavam sendo financiados por um velho parente da família aos quais financiara a fuga de seus aparentados e aliados, alguns iriam se encontrar com eles. Tinha esperanças diversas aqueles, desde que o local fosse seguro, suas operações poderiam prosseguir e tamanha vingança lhos aplacariam, um sonho em tanto.
Desembarquei antes para evitar suspeitas, para minha sorte suas operações noturnas foram de bom tom a minha pessoa. Não hesitei e avancei, contudo para minha surpresa a presença e mal estar antigos comuns a verdadeira parentada de minha condição se apresentou, tamanha surpresa me consumiu, avancei curioso ao local. Senti contudo não me apercebi de imediato, lá estava. Não é que minhas suspeitas se redobraram, que fins de mundo para encontrar um de nós. Esperei que se desfizesse de suas obrigações.
Consumei dois dias de espera. Tudo corria bem em minha vigília, resolvi me adiantar, contudo percebi que de certa forma tivesse eu sido descoberto. Resolvi então me apresentar, para o meu susto estava sendo esperado, feras desse mundo me escoltavam assim que me desfiz do abrigo. Segui calmamente, tinha meus truques. Surpreendi-me sendo saldado em minha língua. "Que o trás as esses recôndito de Ultramar? Buscai acaso o Eldorado?".
Sem demora respondi, "Não meu Senhor! Vim em busca de abrigo, nada mais. Busco apenas a paz e segurança, que mos inimigos não me apraz."
Sem dúvidas o surpreendi, adentramos assim uma conversa que sem duvida alguma teriam na velha terra, afinal por cima de tudo de certa maneira tratava-me como igual, tal qual nunca tratamento até então tivera. Com certeza por cá certos valores de medida seriam outros ou ao menos achara alguém que era bastante excêntrico ao meu beneficio. O que muito me agradou.
Tomei noticias dos acontecimentos e da real condição das cousas, segundo de todo fora me informando. tomei ciência das depredações holandesas e descobrir que está terra não era tão abandonada quanto esperava. Clamavam eles de muitas maneiras essas terras e clamavam recursos vitais. Sabendo disso me pus em empatia, que devia eu fazer, ser um monstro e destruir tudo e meu anfitrião, correndo risco de um possível fim trágico em terras Incógnitas? Tão logo que soube da situação do território norte me pus de atalaia, voluntário desse incipiente "Conselho" para "pacificar os territórios ao norte", assim garanti em contrato simples a pré-posse de tais locais, o que sem duvida a minha condição fiquei deveras satisfeito, ainda mais sabendo que seria financiado, ao costume fiei fé ao contrato. Criaria assim uma nova identidade algo que me aprazarias por algum tempo tão mais as minhas atividades.
Uma nova aventura despontava ao negro horizonte, iluminado casualmente pelas luzes da guerra. Segui em fé de minhas habilidades assim que me considerei apto, ao qual meu anfitrião deveras demonstrou indisfarçável surpresa. Assim em plena guerra me postei rumo ao norte indicado, em busca em fim de meu "eldorado".

[Contos e Histórias] Memorial de Natanael Portis Negrão aos seus.

Memorial de Natanael Portis Negrão aos seus.
Em 1700ad.

Afora pelo mundo, no que me consta, muitas atividades me preenchiam de entusiasmo. Depois de certo tempo, minhas humanidades pareciam deveras pequenas no vislumbre de minha andança no terrível mundo. Com nosso comum comercio vinha a fenecer, voltar as atividades corriqueiras do tempo antes da guerra empreendidas pelos batavos se tornará prioridade, com certeza fiz uma certa fortuna nesses "anos de tranqüilidade", claro tranqüilos..., que viessem a cá antes de lhe exigirem obediência e demais cousas. Questionava-me afora sobre as coisas, algum dia culminaria em algo este estilo de conduzir a lógica.
Lembro-me d'algo que aconteceu antes da guerra Batava, algo inusitado a aquele marasmo militar e de proteção de reservas de sobrevivência que nos constrangiam àqueles tempos. Acredito que o incidente aconteceu em 1611. Inverno, verão, não sei bem dizer, tudo é seco e depois molhado, depois seca de novo, é o máximo de perspectiva que se pode esperar sobre clima por destas bandas. Constando dessa época nossa precária rede de informações, nos veio notória noticia do incidente acontecido com o nosso afoito padreco Lancae Sanctum, constava das informações que deveras criatura maliciosa vinda do sertão clamava todo o território circundante da escassa terra "paroquial", constou ainda dos informes do intrépido incidente de perseguição a peixeirada, fora das quebras notórias de mascara, de nosso afoito padreco, não pelo visto que suas violações constata-se de punição em relação as atenuantes, estas do padreco podiam ser simplesmente contornadas. Constava em deveras graus de detalhes que o "salafrário" gritou com o padre e sacou a peixeira, ao que o "padreco" replicou com fervor e indignação e sacou um papel como se toma-se nota para uma possível excomungação, evidentemente tal ardil lhe resultou tremenda e desenfreada fúria de seu interlocutor. Pela primeira vez ao relato o sacerdote usou de um bem comum a todos os bons cristãos e selvagens, saiu correndo em busca de proteção, enquanto portas e janelas curiosas se fechavam em solidariedade a uma gentil conversa que estava em andamento, postou-se o padre atrás de uma coluna de madeira que sustentava um sobrado, a parte das informações que era cifrada e precisou de de certo tempo para ter um pouco de precisão, alguns informes diziam que ele adentrou o dito material de madeira, contudo seu interlocutor não se abstivera de ter suas satisfações. Grandes peixeiradas e socos fizeram um grande estrondo e uma nuvem de farpas e destroços se revelou e muito sangue gravou o local num ritual não tão religioso, gritara o padreco o qual saia correndo pelos espinhais, o qual sem duvida atiçou o desejo de caça de seu perseguidor que brandia seu facão ao ar em solidariedade aos gritos do padre. Tamanha a fúria que deixou uma trilha usável por aqueles cactos.
Chegou a seu tempo as noticias, e o devido informe e suas duas vertentes, uma de nosso humilde interlocutor, que humildemente clamava todo o território a qual pertencia a sua digna pessoa, como de todo território a que chegasse a noticia, então tinhas um novo "rei", de todo o mundo por sinal. Meditei em tons breves, como me aproveitar daquela brecha diplomática que surgia, não podia ceder as possíveis ameaças e perigos advindos desse membro nesse caso. A outra vertente sobre o caso, era do padreco e da religião da lança, seus farrapos e condições de leigo em sobrevivência não necessitavam de muitas explicações. Segui meu projeto de preliminares satisfações. Enviei os pequenos lacaios da noite como bandoleiros a fim de satisfazer meu ego. Para ele as pragas do Egito ou ira de um Sebastião. Depois as satisfações diretas. Ao qual não tinha duvidas na época como proceder. Procedi para os incógnitos de Itabaiana e sua estranha época, meus conhecimentos me fizeram logo chegar lá, mais do que alguns conhecidos podiam esperar...
Adentrei a vila, não era tolo seus lacaios avisaram da presença de minha persona. Me dirigi a ele como de costume, não tinha me apercebido a época, fui em sua direção, rosnando, no melhor sentido da palavra, antes que eu pudesse dizer algo, após a fuga,ao tradicional estilo. Que isso? Eu só tinha olhado feio! Como disse, na época não tinha me apercebido do causo. Assim nos constou nosso primeiro incidente, com o ainda inepto a época, com Zebedeu. Que curti-se sua estadia ao degredo nos "Ermos", nos apropriando dos termos modernos. Assim me sobrará postar em "contas o pequeno serviço", não se tratava é claro de simonia, mas poderíamos negociar.

[Contos e Histórias] Mémoires de la Convulsion. Memorias dos dias da Guerra de Holanda.

Mémoires de la Convulsion. Memorias dos dias da Guerra de Holanda.
1638-1648ad.

O sino badalava, calma e sinistramente acompanhando as ondas, enquanto o leve bater constante no pequeno e sujo porto, bem da verdade mal camuflado rampão, sacolejavam as tábuas que rangiam ordenadamente em estrito dever marcial.
Olhei e esperei a pequena embarcação chegar, sorri enquanto a nova "dame du lac" que por ali vagava se postava em uma amurada, logo ela perdeu as esperanças de ganhar alguns trocados, naquela noite eu não lhe tinha deveras serventia, contudo um leve aceno me renderia acesso fácil em outra noite. Pequenos hábitos de educação tinham impressionante efeitos no decorrer das cousas. Meditei a fria noite, a lua fitava-me sorrateiramente pelas nuvens. Os vapores de quaisquer que sejam suas origens borbulhavam em alguma poça fétida.
Logo chegará o benedito e sua santíssima aliança, com um leve solavanco contra as tábuas da rampa de madeira. Disporam os remos ristes dentro do bote enquanto tiravam a palha de cima das caixas, os "grandes tours" tudo observavam tínhamos que ter cuidado, indiferente a guerra empreendidas pelos holandeses respondia eu o questionamento: "Claro que tenho compradores! Quanto mais em tempos como estes! Mais lucrativa nossa botija!". Logo animaram-se, via-se que a guerra lhe cobravam cousas além de seus esforços, teria naquele instante um desejo maléfico de tudo sobrepujar e barbaramente ficar com o butim, dissipei contudo a idéia tenebrosa. Num pequeno gesto avisei-lhes das patrulhas e fiz um largo gesto de saudação, ao qual me pareceram bastantes satisfeitos com tais afetações.
Noticias de um suposto motivacionalismo regional me chegaram. Montavam exércitos numa idéia fantástica de unidade que nunca se vira na realidade, ao que parecia estava dando certo, economizaram em muitas cousas, necessárias em tais cousas e caso de guerra. Deveras, deveras mesmo, aquilo me intrigou. Algo mais que religião regia o mundo, claro, algo mais que a velha força da ganancia das armas também. Meditei, meditei muito tempo sobre o assunto. Até mesmo chegou-me a mão uma transcrição em latim, "Quo sint genera principatuum et quibus modis acquirantur", se não me recordo mal era seu primeiro capitulo, após a tradicional, como explanar? puxar a sardinha para seu angu.
Informes dos terríveis atos e embates preenchiam minha mente e ossos dos mais variados medos. Desordeiros mil vagavam agora por essas terras sem lei ou honra, alguns oportunistas tão bons quanto a mim. Perderá, como é como por esses tempos dificieis contato, e o que me é mais caro, informações dos atos e passos de outros criaturas dessas noites eternas.
Eis que devo fazer de tudo para garantir o butim, mostra-se esses tempos doravante transitórios. Cabe-nos sobrevive-los apenas, mas sei que isso seria imperdoável de minha parte. Perturbei-me quando cogitei onde guardaria tais cousas agora, aqueles torrões requeriam quem eu os troca-se por ouro o tão quanto antes. Tinha que reconstruir um domínio ou mais após essa guerra.
Sei que bestas destas terras estão a se proliferar, coisa medonha se me tomarem por presa, sem duvida isso me traria desgostos horrendos.
O que aconteceu com o Pau-Piau?
Considerei deveras a necessidade de construir minha própria população por assim dizer, quem sabe que tormentos isso pode trazer? Ou benefícios?
Noites se passam, lugrubes e terríveis. É difícil se aventurar e obter sustento com todos eivados em medo e terror. Evito de falar em modos de outras terras.
Ressoam sinos e estopins, nunca estamos seguros. Incêndios tenebrosos por toda a parte, ainda posso me valer de habilidades que vim a anos negligenciando.
Clamei novamente meu macabro quinhão assim que me pareceu seguro, avançavam os Lusos a Pau-Piau. Seria enfim o fim da época de privações e terror. A porta range novamente, ventos fortes se abatem na noite, os grandes fumos ainda se elevam, a chuva cai imperiosamente com seu amargor desses tempos.
Olho por dentre as arvores. Acho que estou sendo observado, para dizer o minimo. Na chuva me encharco antes de escolher meu caminho.

[Contos e Histórias] Atos e incidentes antes da Guerra Batava alcançar os Domínios.

Atos e incidentes antes da Guerra Batava alcançar os Domínios.

Tempos de Flamingos e Mariposas.
Por Natanael Portis Negrão.

A Guerra chegou a todos nós como um trovão.
Os lamentáveis períodos em que alguns eventos nos levaram a buscar novas fontes de recursos.
Diácono de minha própria congregação, fomentei uma fuga para velhos conhecidos de França. Nossa velha guerra com os de lá ainda persistia. Via a atitude de Zebedeu do antro de 'Geremoabo' como um ato plantado, sob a capa enganosa de sua Beata Presença o Bispo Gangrel de Itabaiana, segui todavia com minha trama. Considerei nas primeiras noites o intento dos holandeses e assisti-lhes no que pude, no que concerne na guerra com suas reais majestades de Espanha, no mais baixo popular termo, um Bucaneiro em busca de apoiar a liberdade de fé contra os papistas. O jogo duplo persistia, nada se alterou quanto aos Domínios e a questão do rio abaixo e acima 'Conselho Ultramar de Orbis Ciriji', zombo eu. Esses proceder de humanos me entretia irremediavelmente. Quem sabe o velho sonho de liberdade se concretizaria. Essa idéia corrompia minha alma nesses tempos de guerra.
Considerei os ataques preventivos a 'Geremoabo', cause-lhes sem duvidas reveses. Busquei as causas desses últimos movimentos. Chegando a nós os atos insensatos de holanda e sua destruição, parecia-me claro que a sua ofensiva desconsideraria os contratos preliminares acertados nessa nossa orbis de Ciriji.
Considerei bastante a reviravolta dos fatos sobre os planos de guerra. Ao menos a Grande 'praga do São Francisco' cessava, se nos atermos aos pontos positivos. Descia a corja laranja com todas as armas em um frenesi de destruição e fogo. Adentrava o território de nossas fé. Não mais o desagravo dos embates fora a captura de engenhos e suas desapropriações militares a favor da Companhia das Índias Holandesas. 'Hahaha, esse é o fato', zombei, estava feita nosso desagravo. Destruíram o São Cristóvão por duas vezes, só eles, os esforços patéticos da colônia somente faziam a terra jorrar mais o desperdício. Quanto lucro, quantas reservas perdidas. Enquanto tramavam sua bela capital persistíamos em ocupação e embates corriqueiros. Não digo-vos que foram anos de tremendas perdas e irremediáveis, o foram mas o muito mais foram aos mortais. Uma nova safra de 'desgarrados' surgiam de holanda e outros locais em busca de território, sem mais descobriam os 'terrores locais', aos quais gentilmente lhos aprovei. Não não me afastei de minha poça de lama. Eles pagariam o preço. Quem sabe, o que se passou abaixo do paralelo de São Cristóvão. Não me importava, não me importava mais, segui meu rumo como dizem por cá. Fustiguei todavia o Gangrel a algumas atitudes, ao que nos carecia entender era que por aquela linha a área estava protegia, não acreditei por muito tempo devido os equívocos empreendidos por Zebedeu em alguns momento definidores de opinião.
Mas o tempo mostraria a insanidade e a incoerência holandesas. Tão logo o Cotinguiba estava sob a ocupação. Novos hábitos e afazeres, como também modos, teríamos que ter. Que Ultraje! Ninguém seguia meus planos.

[Contos e Histórias] Crônicas de Ataban, o Atarracado.

Crônicas de Ataban, o Atarracado. Cronista-Mor de Zebedeu. A Guerra e a Queda.


Por sua santissima clemência e piedade, nos idos de nosso Rei único e Soberano, dos distante sertões e amados por todos, por clemência de sua Alteza Imperial abençoado por nosso santissimo padoeiro e enviado de Deus, Dom Sebastião, para coroar seu único representante o Majestoso e Glorioso Zebedeu, dos sertões et orbis.

Assim seu Cronista-Mor, assim assinalado por sua alta clemência e piedade, Ataban o Atarracado, nos idos destas terras dos Mungurus, lacaios de sua Santidade Zebedeu .

Assim consta do supremo registro do legado, como de muitos impérios pifios sobre o mundo, nada se compara aos doze trabalhos de Zebedeu, inclemente contra os fracos e infieis. Na sua cruzada contra o mal, se dirigiu em campanha e ordem aos idos das ditas terras dos Itabaianas, assim para confirma os rumores sobre o que se diz em ofensa a sua Altissima dignidade de terem usurpado tais terras outrora ideias pagãs e hereges dos tal Lancae Sanctum.

Nessas condições de humilde protetor da verdadeira fé e algoz implacavél dos infieis, sua dignissima presença assim ostentou a verdadeira cruzada pelo nome do Santo. Assim registra a história que caçou por meios tais, que notório saber de todos pôs fora a toda corja herege e seus trezentos cavaleiros do apocalipse. Sertão adentro não lhos deu descanso, descendo a serra a um só passo, gigante o fez Dom Sebastião naquele momento. Quinhetos raios cruzaram os céus em homenagem ao campeão da Fé na terra.

Incitando os odiosos indios e gente primitiva aos invasores de Itabaianas, o Sagaz General orientado diretamente pelos Anjos e Arcanjos, São Mateus, São Gabriel, atendendo a prece do principe Santo Dom Sebastião para auxilio de Zebedeu o Clemênte, fiel arauto do Santo na terra. Longas noites de batalhas e crimes contra Deus foram tidos, mas mais uma vez vitorioso Zebedeu venceu.

Padres e expedições enviadas pelos filhos pecaminhosos de satã e as traiçoeiras serpentes dos ditos Lancae Sanctum foram destruidos prontamente nos idos do Itabaianas. Alvoroço terrivel entre os selvagens repercurtiu.

Tão logo finda a humilhação dos servos de satã se fez frente aos atos do Santos. Mil Clamores ecoaram pelos sertões desconhecidos. Novas gentes noturnas chegavam e vieram prestar suas homenagens ao Arauto do Santo. Tão logo puseram pés nas sagrada terra, muitos os quais Zebedeu, o clemente, mandou pôr á ferros, por ver imediatamente por aviso direto da Santa presença, as terriveis camuflagens que os seguidores de satã punham a vista de todos em engodo, que por certo não podia enganar o Santo e o Seu Enviado. Longas noites de lamentos e agonia tem se passado. E frente a verdade do Santos esses infieis ainda ousa negar a confissão, a ferro e outros tormentos eles recebem a ira divina.

Testemunhos dos murungus e pessoas da estância do Geremoabos são colhidas habilmente pelas artes da verdade a que se dispõem o Favorecido. Curando os enfermos e cegos da verdade. Dizem detratores males do Reino da Felicidade na terra, cousa por demais pecaminhosa. Zebedeu sabendo disso iniciou o preparativo de uma Cruzada de Fé pela verdade proferida pelo Santo e a vontade dos Céus e os Milagres na Santa terra.

Assim tenho posto em fé e resoluta convicção as crônicas, nesse ano de nossa Fé em hum mil setecentos e vinte.

[Contos e Histórias] Tudo parecia calmo. Memórias de Natanael Portis Negrão.

Tudo parecia calmo.

Depois de um tempo tudo parecia calmo nos idos de del Rey...
Parecia...
Memórias de Natanael Portis Negrão. 1605 ad.

Tendo o tempo acalmado, relativamente, os ânimos, posto os índios em chamas ou em fuga, nada mais sobrava-nos a não ser voltar as atividades, conforme sempre fora. Supúnhamos. Ademais as atividades corriqueiras, vi me a negociar com elementos de minha famigerada família humana, demos por entender que o comércio que exercíamos não seria olvidado pelos portugueses, em ambos os sentidos contudo. Expus-me em direção ao pequeno vilarejo que se formara, é claro que depois de algumas mudanças a de se notar por alguns conhecidos meus. Gritei a brados altos numa noite dessas, o que deixou os colonos portugueses e sua decrepita formação assustados, afinal tinha me extirpado de um nativismo naquele tempo..., em deveras medo a verem-se hostilizados na fuga em seu vernáculo com um tanto de sotaque. "En effet cela oui!". Recuperava-me com as atividades. Entretive-me ainda com um atividade que se mostraria deveras lucrativa e um tanto suja, pensei que era modismo, "la mode est mode, il n'est pas?", a escravidão de negros d'africa. Com tanto de lucro e de subjetividades nesse negócio, que se fez prioridade em meus atos, deveras, deveras entretido estava. Quando um papagaio maroto me contou...

"Quand un perroquet expert a compté à moi..."
Um tanto tempo tive, quando se tem tal tipo de tempo você fala com as coisas, um tanto estranho com os "membres" é que algumas coisas respondem... Um desses casos foi desse, diríamos, papagaio. De vôo em vôo ele trazia-me noticias, disse-lhe mais de uma vez, esconde-te e não fala com os humanos, "il ne parle pas avec eux."

"Certainement il n'a pas parlé dans le Français!", sem dúvidas contudo o papagaio não sabia meu idioma materno, antes de seu patético fim e seu atroz pedido de suborno, "dois biscoitos, dois, dois!", passará ele informações detalhadas, claro com a paciência apropriada, a época dispunha de certas facilidades temporais. Informações de um certo humano que como eu tinha hábitos noturnos perturbadores, mas esse não era o fato estarrecedor, o estarrecedor era sua conversa com os "homens de cores e suas varas cortantes", deveras, deveras, me intrigava-me tal situação.
Verificar as atividades no vilarejo iria, lá saberia que sim ele estava se ameigando com a guarda, com que propósito sombrio e periculoso eu não trataria de esperar, tratei das providências e de tratar de alguns obstáculos.

Agigantávamos e tratamos de nos opor a tais atividades, quando uma sucessão de reveses a ambos nos constrangeram, claro antes de tudo tratei de impor a ultima palavra.
"Une petite suggestion pour les personnes, que certainement la vision a petit!"...

Tratei de encontrar a criatura e traze-la as luzes e é claro expor suas atividades, considerei em neutralizar a vila portuguesa num contexto de uma possível guerra, contudo nossas primeiras atividades fora deveras promissoras, reservei-me um direito territorial que contudo não contava em ordem de ninguém, por uns bons séculos é verdade, me asseverei de evidentemente de vender o produto.
Decidíamos em termos solenes a divisão de matos e arbustos, em termos comparativo só as rei de Aragão e Castilha e os tontos dos Portugueses.
"Ce creux est le mien!".
Assim me propus a gentilmente atormenta-lo e defasar sua estratégia. Se é que houve uma a algum momento. Como sempre, tratei o assunto em termos genéricos, cousa que fiz como ato corriqueiro, é verdade que minha estadia ao norte no rio era notória aos membros daquela época, se conta seus números a duas mão decepadas, mas já era um começo... "Déjà c'était un début!"

[Contos e Histórias] O último guerreiro. Contos do Território.

Últimos Registros de Um que combateu a horda... (11 de Dezembro de 2006 ad).

O último guerreiro. Crônicas de Ariosvaldo Marcel.

A horda havia chegado! Não mais do que o esperado, isto é, o pior, somente o pior. Sacou as armas auxiliares e checou suas munições, seguiu para a checagem do perímetro, o grande circo estaria pronto, checou os pontos múltiplos de ataque e as defesas, nada havia sido alterado, ao mais alto solar esperava selar os destinos.
Os batedores avançavam contentes, minuciosamente derramavam-se em suas buscas, a horda viria todas duvidas foram sanadas, o calculo era simples. O serviço devia ser feito, o silencio nas comunicações tiveram inicio.
Era essencial, a linha seria defendida, a todo o custo do inimigo evidentemente, quaisquer objetivos que tenham traçado seria convertido em um e apenas um, seus desejos seriam inalcançáveis. O jogo, ele sabia joga-lo desde muito antes, detivera ele tropas invasoras mais experientes e selvagens.
À hora da emboscada e da limpeza havia chegado, no mais tardar o cheiro do orvalho.
Os batedores desatentos e presunçosos foram fáceis de limpar. Bang, Bang. O silenciador não era necessário para aquela missão. O carro da horda se adiantou, adiantaram o cronograma, ao centro da cidade guiavam. O que eles estavam a pensar? Isto era lá plano!
Para a eventualidade se preparara, embainhara mais duas das bem afiadas e polidas.
Seguiu sorrateiramente, cruzou a rua. Viu-lhes descerem do carro, “quanto menos melhor”, meditou, sabia dos riscos contanto. Lançou certeira a estimada arma, mais uma vez cumpria ela seu propósito, tiros na sua direção, desesperados, todavia. Perceptivo, Bang, Bang. Mais dois ao chão. Sobrara um. Não havia motivos para que ele deixasse que contasse historias aos seus. Seguiu firme, fins de papos, a missão estava concluída. Aquele calhambeque lhe serviria pra algo, alguns trocados mais algumas munições.

[Contos e Histórias] The Badlands. Contos do Território.

The Badlands.

"Cursed Earth, Cursed Earth, Cursed Earth." S.o.a.D.
"Go away, Go away, Go away, Go away..." S.o.a.D.

Cedo ou tarde alguém terá que lidar com ela, com seu vórtice macabro de acontecimentos, nada lhe restará a não ser superar ou perecer. Uma terra seca e sem esperança, uma zona de guerra entre os seres diversos, um local onde aliados e inimigos se mostram claros em um momento e no momento seguinte se tornam indefiníveis e indeléveis como o que cair da noite. A grande fronteira que varre o Sergipe humano, dos sonhos esquecidos daqueles que bebem de seus sangue. Uma terra de reinos e feudos de sangue, passageiros das horas, além do que uma rota de migração das grandes feras, ou seja lá qual a verdade. Os Sertões malditos cobra sua divida, seu pedágio, seu tributo em uma única moeda e universal, SANGUE. Seres estranhos e não catalogados por lá clamam seus domínios e lá subjugam e são subjugados. A força é uma lei que não se pode olvidar. Com certeza os reforços não chegarão a tempo, a marca indelével de que aconteceu algo, que alguma coisa esta errada, a sensação de sobrevivido a um acidente que não teve coincidência e recobrar as forças para saber de sua mortal situação e o gosto de sangue que lhe fará lembrar dos segundos cruciais entre a vida e a extinção fatal. Coincidências sobrenaturais, mapas desatualizados e imprecisos, eventos momentâneos e bizarros. A visão leve naquela parada de ônibus, entre um gole de café e outro e a visão momentânea de dedos saindo da cafeteira lhe farão refletir. Até os vampiros, os conscientes ao menos, seguem uma regra simples, permaneça na estrada, siga a rota da civilização e esteja certo que isso não significa em hipótese alguma a segurança, sobrevivência diríamos.
Estradas lhe garantem a certeza de algo, algo que poderá apegar-se. A certeza de estar terrivelmente enrascado, em uma emboscada. A torre negra de Geremoabo, visível ou não a alguns, tudo tenta ver e dominar. A Grande Feira expede seus lacaios e suas hordas criminosas. Nada demais diria, o que se esperar de um lugar assim? Se o fato de que esses são locais seguros no meio do caos...
Carros em chamas iluminam a noite! Após alguns tiros? Dá pra ver o sangue e as marcas dos tiros, mas onde, onde estão os corpos? Rumores antigos e atividades suspeitas, buscam segredos obscuros que podem mudar o rumo de quaisquer a guerra em andamento. Nos pacíficos territórios, pacíficos que sempre espreitam a fronteira, como holofotes vasculhando o presidio de segurança. Neutralizar os desgarrados e o que quer que emerja das profundezas é de prioridade. Tenham uma certeza quando lá tiver o azar de estar, ou ensandecer em ir, esteja armado! Bem-armado e não pare para "blitzes", o mais velho truque, pode ser umas férias incidentais em tanto aos desavisados. Antes arriscar multas a ser morto...

[Contos e Histórias] Relatos: Os Rumores da Guerra.

Relatos: Os Rumores da Guerra.
(1600-1659 ad)

Carta do Irmão Karl da Ordem dos Carmelitas a o Irmão Alfredo
"Caro irmão, os países baixos se revoltam contra santa fé de nossa amada igreja e promove a heresia, muito dos judeus malignos para lá foram, ao menos, mas as forças do mal se avoluma, os hereges ingleses os apoiam indisfarçavelmente. Junte tuas força e prepara-te, rumores dizem que tua praça é alvo desses pecadores!"

Irmão Alfredo a Irmão Karl
"Digno irmão, as ameaças por destas terras são aterradoras, escrevi a Sua Santidade a urgência dos Exorcismos e mais irmãos capacitados nessas fé, digo-vos que o menor dos pecados por cá é o costume dos tupinambas de devorarem os outros homens, não distinguindo feras dessas terras e cristãos. Temo a cada dia pois muitos dos nostros morreram de febres mortais desses sertões malignos. Por demais estamos no encalço dos demônios que Belchior Dias disse ter avistado, este pediu-nos nossos serviços pois está sob a ameaça da perdição, se puderes interceder a ajuda de irmãos como Torquemada estaremos a mui agradecidos!"

[Contos e Histórias]Relatos: Testemunho de Irmão Alfredo da Ordem de Cristo.

Relatos: Testemunho de Irmão Alfredo da Ordem de Cristo.
(1600-1659ad).

Anno de nostro senhor de 1600.
Tenho visto coisas por demais estranhas, ao sair por destas terras nossa comitiva chegou a um rio caudaloso e longo de visão inacreditável cor azul e transparência indescritível, ficamos chocados que suas águas não eram invadida pelo mar, de nome São Francisco por outros de cá que já passaram pelo local. Em pouco dias quando nos preparamos para adentrar os sertões e encontrar os seres dessas terras, o rio começou a enegrecer, a principio supomos de algum ponto onde jogaram cinzas afinal as águas eram límpidas, porem não fora nada disto, além de seu amargor piorar ficara denso e negro toda sua extensão, nostros padres e irmãos se juntaram em prece, e iniciamos um missa antes mesmo do anoitecer, a escuridão de uma tempestade se formava. Era fato de muitos dos negros das terras tinham pacto com demônios antigos e entidades maléfica, era o que vinhamos ver e provar dos fatos, mas como exorcizar um rio? Que Deus, São Gabriel, São Jorge nos proteja nessa missão, gritos de mil horrores podem ser ouvidos, estou em panico mas minha fé em Deus me mantem em Guarda, a noite se aproxima...

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

[História] Grande Percalço: A guerra e destruição de 1637.

O Grande percalço: A Guerra.

Por “Guia de IHVOC”
Assim começa o 'Grande relato da Guerra em Ciriji', eis que pois muitos são os pais dessas histórias. Tentamos de forma condizente explicar-lhe a historia de forma mais próxima da verdade.
No Grande e ensurdecedor nascente século 17 com a 'expansão' dos domínios e vampiros esquecidos e outros bem presentes diziam suas 'felizes' filiações e alinhamentos a um dos três domínios no Grande Ciriji. Os mais afoitos iam para longe e para esquecimentos mil, pouco se tem ou nada se sabe desses primeiros 'exploradores'. É dito que Sir Gaspar de Lorençu, com 'u' mesmo, fora o primeiro vampiro a ter no Canidé. Provas não há, não se sabe também nada desse membro.
Sabe-se, contudo, que as expansões das 'feitorias' e 'curralejos', bem como o inicio dos 'sesmeiros' levou aos dois domínios do centro de ciriji, 'norte e a sul do rio' a entrarem em atrito. Tão logo as ditas famílias de sesmeiros influenciáveis eram escassas, logo a luta por esses pobres fantoches fora acirrada ao longo do rio cotinguiba e ao longo do rio que corre ao lado de São Cristovão, perigos ainda havia muitos, índios bravios e hostis ainda amargavam seus ódios pelos “bondosos colonizadores”. Recursos poucos e avidez muita levaram ao conflito que foi se alargando.
Nesse período um explorador humano chamou atenção dos 'poderosos' dessas terras, fossem eles autoridades humanas ou vampíricas. O explorador Belchior Dias e sua expedição em 1619 ad, diz ou se soube por um de seus expedicionários incontidos (Talvez esse pequeno acréscimo ao drama de Belchior seja por causa da família) que havia ouro no Tabaiana (Itabaiana) ou outro lugar desses sertões desconhecidos que vasculhou. Tamanho drama e euforia causaram que o Governador das Colônias o mandou prender, em San Salvador na Bahia ele foi encarcerado. Essa noticia desse “pequeno Eldorado” dos Ciriji, levou criaturas gananciosas da família a correr riscos incompreensíveis tanto hoje como naqueles tempos. Sabe-se contudo que os 'Domínios do Cotinguiba' e a 'Sacra Sé da Fé Verdadeira' puderam com isso criar suas expedições, modesta frente a uma expedição pequena humana, mas em termos de membros da época duas enormes expedições concorrentes foram criadas. Deu-se com isso o inicio da guerra, a guerra do caminho prateado nas proximidades da futura Itabaiana. Não se sabe ao certo que venceu ou qual o numero de vitimas ou a verdade. Pois os registros dessa guerra se perderam na guerra Holandesa que viria, como também os poucos fragmentos fora pilhados novamente nos idos de 1836, se o que sobrou dessas pesquisas estiverem certas sobre esses danos histórico. Os embates entre esses domínios são de concordância comum, não se sabe o grau e natureza dos conflitos todavia. Provavelmente usando mão-de-obra escrava, índios cativos ou simpáticos as causas bizarras e de mercenários inescrupulosos, bastantes comuns na época. Escaramuças, atos traiçoeiros e sangrentos. Fizera as criaturas perversas se refestelar.
O clã Nosferatu registra a perda de Thairu leão d'Africa por esse período. Todavia se essa informação estiver correta, os Lancea Sanctum ficaram com margem de vantagem.
Então aos poucos, o gado o humano se expandia, as novíssimas artimanhas tecnológicas dos engenhos e suas plantações e seus cativos se expandiam, e os vampiros pareciam satisfeito a ponto de promover suas próprias guerras. O pobre Belchior Morreu em cárcere em 1622.
Os vampiros de Ciriji já tinham a muito esquecidos dele quando em 1637 ad aconteceu o pior e impensável, nem tanto todavia, mas que os vampiros estavam desatentos estavam. Os humanos holandeses invadiam o Ciriji. Destruíram Pau-Piau no caminho de suas conquistas. Saquearam todo o Cotinguiba, causando pânico e fugas e grandes colunas de fumo subiram aos céus. “As grandes colunas de fogo cinza e laranja subiam aos céus azuis escuro da noite perpetua”. Seguiram até a sede do governo português. Lá queimaram São Cristovão até as bases.
Dizem os registros que Dom Antônio do Lancea Sanctum pereceu num desses incêndios. Os relatos ficam mais confusos quando dizem que ele foi extinto na guerra de 1836, e sim que ele ficou com muitos ferimentos terríveis que o levaram ao torpor nesse evento de 1637. Não se sabe a verdade. Ou pelo menos não se quer que se saiba. Claro a teorias conspiratórias até a respeito disso. Mas sabes como os Lancea Sanctum são hostis quanto a isso. Os relatos desse período de incêndios e horror real tanto para membros quanto aos humanos são escassos e muitas vezes re-escritos descaradamente nos anos de 1700 numa versão que agradasse os vampiros. A verdade só mancharia suas honras e bem polidas e belas histórias e fabulas.
Contudo registra-se nesse período de guerra o aproveitamento, condizente e restrito todavia, dessa situação. Os Lancae Sanctum apesar da vantagem inicial na “guerra do caminho dourado das Tabaianas”, sofrem gravemente com os revés da guerra holandesa, já que seu quadro de essência católica fora avidamente caçada pelos protestantes holandeses e seus diversos auxiliares. Com isso tiveram esses membros recuar com os colonos portugueses no que pudessem. Eis ai o forte indicio da destruição de Dom Antônio (mas como acima mencionado, pode ter sido torpor). Os Invictus, pelo menos em nome, tiveram assim chance de iniciar uma expansão, cautelosa. Porém tiveram que lidar com algo inesperado para eles, membros holandeses. Muito dizem que daí surgira o termo Conde para o líder do Cotinguiba, em tom de ironia a esses vampiros holandeses da “republica holandesa”. Todavia confirma-se só a enfase no uso desse título, não a sua origem.
Sabe-se com isso que os Invictus tiveram contato e atrito com esses membros incursores de outras terras e ideias. Os Lancea Sanctum fugiam como podiam e reconstruíam suas forças frente os humanos nos sertões que se fazia limite a area sob a ocupação holandesa. Dez anos complicados e de baixas tanto para os humanos tanto para os membros por estás terras. Sabe-se contudo que em territórios nos sertões sem leis novos membros também sem leis começavam a se instalar despercebidos pelo grande clamor que permeava. Com o fim da ocupação do território de São Cristovão em 1645, todavia não o fim da guerra, voltavam os membros do Lancae Sanctum assim que os portugueses se recuperavam da cidade. Acervos e registros importantes foram perdidos.
Uma grande carestia se abatia sobre os membros nesse período de caos, ainda mais que durante o período da guerra, já que os territórios 'libertos' não tinham grandes contingentes humanos e havia muita destruição. Membros partiram, outros pereceram, outros ainda entraram em torpor de forma gravosa e de inanição. Persistiu a fome entre os membros nesse período pós grande guerra de 1646 a 1659, quando os contingentes humanos começavam a recuperar-se vigorosamente. Houvem assim um recomeço que não passou despercebido para os membros.
Tem-se assim a reconstrução para os membros de sua sociedade, se é que se pode chamar assim, alguns membros são dessa época.
Os Lancae Sactum com José Quirino começa a reconstrução do acervo e inicia contato com Nathanael, este o repudia prontamente, perdendo-se a chance de paz naquele século entre as Coalizões, o que se mostraria uma oportunidade perdida já que ambas estavam fracas.
Os membros contabilizavam assim suas perdas, havia-se perdido Pau-piau, os engenhos do cotinguiba estavam destruídos, São Cristovão erguia-se dos escombros, as comunicações formas de negócios foram todas perdidas. Nem os gados haviam sido poupados pelos exércitos, é obvio exceto para os membros.
Os sertões mais distantes escreviam para si historia própria com a chegada dos refugiados e novo aporte de sesmeiros (grileiros ávidos), a oportunidade era lá naquele momento de carestia, contudo como uma terra sem leis e eivada de perigos desconhecidos, só podemos considerar que riscos mediam que podiam pagar. Suspeita-se que o “Enviado de Dom Sebastião” tenha iniciado seu pequeno reino por dessa época. Crê-se que Dom Dias ainda era humano, mas isso permanece em especulação muito grande. Talvez quem saiba sobre isso seja o “Atarracado”, servidor perpetuo da perfídia.
Tão logo no “Sergipe Del Rey”, se fazia guerra novamente, dessa vez os humanos portugueses e seus muitos colonos já 'brazis' a algum tempo, faziam guerra aos mocambos dos negros em 1667. Sangue derramado avidamente que se fez registrar 'a Grande fome da Anciã' na historia oral do Circulo da Anciã. Tamanho massacre que lembrou já velhos tempos de 1589. Novos massacres enchiam as terras de Ciriji novamente de sangue, mas essa era diferente da Guerra com Holanda, os membros já estavam preparados e alguns afeitos a esses hábitos portugueses de massacres. A fome fora saciada fartamente e luxuriosamente nesse período pós-guerra, de forma tal que iria formar uma geração perturbada e revoltada que faria frente a uma geração sem-consciência e afeita a luxos perversos que uma era de escravidão e excessos imorais e desumanos pode criar. Um território sem leis que estava cultivando seu próprio e macabro fim. Uma nova era haveria de surgir.

domingo, 16 de novembro de 2008

[Regras e História] A Constituição do Concelho do Cotinguiba

Codificação das leis vampirícas (incluído as tradições essenciais):
A Constituição do Concelho do Cotinguiba
Por força e atos do Concelho do Cotinguiba, Vossa Excelência o Conde du Coligny Natanael Portis Negrão, faz conhecer das leis do Cotinguiba. Perfazendo esse Utrumque Ius no bem e paz nesse Utilitas publica.

[Explicações: "Concelho" uma forma arcaica para se referir a Conselho, do latim concilium. Em Portugal seu uso permanece (do dicionário): “Circunscrição administrativa de categoria imediatamente ao distrito; município”.
Utrumque ius: Direito comum (o equivalente de commom law dos ingleses em nossa matriz lingüística, o latim)
Utilitas publica: bem comum sua definição, utilidade publica, mas aqui encerra a força da lei para o bem comum.
O resto da constituição se fará por “livros”, nosso equivalente do Digesto de Justiniano]
Livro das Tradições
1. Não revelar a verdadeira natureza a quem não é do sangue.
Agir contrariamente será uma violação ao direito de todos os membros, considerado assim Desídia por Vossa Excelência o Conde e Vossas Senhorias o Concelho.
2. A responsabilidade intrínseca da criação de um novo membro passará pelo Concelho.
Agir contrariamente será uma violação ao direito de todos os membros, considerado assim Desídia por Vossa Excelência o Conde e Vossas Senhorias o Concelho.
3. A proibição aos atos diabólicos, no que se insere o Amaranth.
Agir contrariamente será uma violação ao direito de todos os membros, considerado assim Desídia por Vossa Excelência o Conde e Vossas Senhorias o Concelho.
[As tradições básicas do réquiem]
Livro das Definições
4. Vossa Excelência o Conde observará a Constituição do Domínio e o Digesta.
5. Farão parte do Concelho:
a) Vossas Senhorias os Conselheiros.
b) Vossa Senhoria o Visconde. Por força de suas atividades.
c) Vossa Senhoria o Chanceler. Pela representação do Concelho e do Conde.
5.1. Vossas Senhorias O Concelho julgará o que assim lhe for determinado.
6. Vossa Senhoria o Visconde determinará a ordem de pautas e audiências que serão entregues a Vossa Excelência o Conde.
7. Vossa Senhoria o Chanceler:
a) Receberá os ingressos no domínio.
b) Servirá ao Concelho e ao Conde em tarefas designadas.

[Como é difícil a separação de poderes no requiem (por questões de costumes e praticas da realidade em relação a natureza do jogo, essa idéia é nova, e para alguns: “radical”- quem diria, mas é).
O Visconde equivale ao Senescal. O Chanceler equivale ao Arauto (outros nomes incluem secretário, ministro). O Concelho nada mais é que os primogênitos, não confundir com os pricis e priscus. Os demais cargos são devidos as necessidades, embora, creio, que Mestre de Elysium seja um cargo que aparecerá dentre logo. Como Também o 'Nosso' Capitão do Mato (xerife/algoz/etc).]
Livro dos delitos e das penas- Crimes de Guerra.
O seguinte livro estabelece os delitos e penas no domínio. Valem estas leis se outras não dispuserem em contrário ou em especial.

8 – Crimes de Guerra (Bellus Delictum).
São crimes de Guerra aqueles quando o Domínio estiver em situação de Guerra declarada, ou em proteção/incursão de defesa em fronteiras e ou em Guerras contra os ditos Lobisomens.

§1º Traição/Desídia
Pena: Morte/Caçada de Sangue.

§2º Favorecer Inimigos
Pena: Morte/Caçada de Sangue.

§3º Tentativas contra Soberania do Domínio.
Pena: Morte/Caçada de Sangue.

§4º Coação de Comandante.
Pena: Morte/Caçada de Sangue.

§5º Informação ou auxilio a Inimigo.
Pena: Morte/Caçada de Sangue.

§6º Aliciar nacionais do Domínio.
Pena: Morte/Caçada de Sangue

§7º Covardia que exponha em perigo a unidade.
Pena: Morte/Caçada de Sangue

§8º Espionagem/Subversão.
Pena: Morte/Caçada de Sangue

§9º Penetração de Forasteiro no Domínio.
Pena: Morte/Caçada de Sangue

§10º Motim/Revolta
Pena: Morte/Caçada de Sangue
Livro dos delitos e das penas- Crimes de Paz.
9 – Crimes em períodos de Paz (Pax Delictum).
São os crimes praticados contra o Domínio e seus Cidadãos.

§1º Insubordinação
Pena: Estacamento/Desmebramento

§2º Hostilidade contra “Estado” estrangeiro, não hostil.
Pena: Estacamento/Desmebramento

§3º Motim (Rebeldia)
Pena: Desmebramento

§4º Revolta (Rebeldia Armada)
Pena: Estacamento/Desmembramento

§5º Tentativas contra a soberania do Domínio.
Pena: Morte/Caçada de Sangue

§6º Genocídio
Matar membros de um grupo, com o fim de destruição total ou parcial.
Pena: Morte/Caçada de Sangue

§7º Traição
Pena: Morte/Caçada de Sangue

§8º Homicídio
Pena: Desmebramento/Morte/Caçada de Sangue

§9º Amarath
Pena: Morte/Caçada de Sangue

§10º Lesão Corporal
Pena: Açoite/Estacamento

§11º Constrangimento Ilegal
Pena: Açoite

§12º Duelo Ilegal
Pena: Açoite

§13º Seqüestro/Cárcere Privado
Pena: Açoite/Desmembramento

§14º Crimes Sexuais
Pena: Estacamento/Desmebramento

§15º Desídia/Subverção
Pena: A Mercê do Conde e do Concelho.

Livro do Digesto (Selecionados)
Digesta
D.1.3.1. Papinianus libro primo definitionum
Lex est commune praeceptum, virorum prudentium consultum, delictorum quae sponte vel ignorantia contrahuntur coercitio, communis rei publicae sponsio.
[Digesto
D.1.3.1.
A lei é um preceito comum, o ditame dos homens prudentes, a repreensão dos delitos que se cometem voluntariamente ou por ignorância, o compromisso comum de toda a res publica.]

D.1.3.2. Marcianus libro primo institutionum
Nam et Demosthenes orator sic definit: Haec lex est, cui omnes homines convenit obtemperare cum propter alia pleraque tum maxime, quod omnis lex inventum est et donum dei, placitum vero sapientium hominum coercitioque peccatorum tam voluntariorum quam non voluntariorum, civitatis autem pactum commune, secundum quod convenit vivere quicunque in ea sunt.
Sed et philosophus summae stoicae sapientiae Chrysippus sic incipit libro, quem fecit: Lex est omnium regina rerum divinarum humanarumque, opertet autem praeesse eam tam bonis quam malis, et ducem et magistrum esse animalium quae natura civilia esse voluit, indeque normam esse iusti et iniusti, quae iubeat fieri facienda, vetet fieri non facienda.
[D.1.3.2.
Pois também o orador Demóstenes assim definiu: “lei é aquilo que convém a todos os homens obedecer, se por causa de várias outras coisas, então principalmente porque toda lei é uma descoberta e um dom de Deus, o pensamento dos homens sábios e a repreensão das faltas tanto das voluntárias quanto das não voluntárias; um pacto, pois, comum da polis, conforme o que convém a todos que nela vivam”. Mas também um filósofo de grande sabedoria estóica, Crisipo, assim começa no livro que fez “sobre as normas”: “a lei é rainha de todas as cosas divinas e humanas. É preciso, pois, que seja superior tanto aos bons quanto aos maus e que seja condutora e mestra dos animais que a natureza quis que convivessem civilmente, daí então que seja a norma do justo e do injusto, que obriga serem feitas as coisas que devem ser feitas, que proíba as que não devem ser feitas”.]

D.1.3.7. Modestinus libro I regularum
Legis virtus haec est imperare vetare permittere punire.
[D.1.3.7.
O mérito da lei é este: mandar, proibir, permitir e punir.]

D.1.3.9. Ulpianus libro XVI ad edictum
Non ambigitur senatum ius facere posse.
[D.1.3.9.
Não há dúvida que o senado pode criar direito.]

D.1.3.17. Celsus libro XXVI digestorum
Scire leges non hoc est verba earum tenere, sed vim ac postetatem.
[D.1.3.17.
Conhecer as leis não é reter as palavras delas, mas a sua força e majestade.]

D.1.3.26. Paulus libro IIII quaestionum
Non est novum, ut priores leges ad posteriores trahantur.
[D.1.3.26.
Não é novidade que as leis anteriores sejam aproveitadas pelas posteriores.]

D.1.3.29. Paulus libro singulari ad legem Cinciam
Contra legem facit, qui id facit quod lex prohibet, in fraudem vero, qui salvis verbis legis sententiam eius circumvenit.
[D.1.3.29.
Age contra legem quem faz o que a lei proíbe, mas age em fraude à lei quem, respeitadas as palavras da lei, perverte o seu sentido.]

D.1.3.31. Ulpianus libro XIII ad legem Iuliam et Papiam
Princeps legibus solutus est: Augusta autem licet legibus solute non est, principes tamen eadem illi privilegia tribuunt, quae ipsi habent.
[D.1.3.31.
O príncipe não está sujeito às leis. Sua esposa, apesar de Augusta, não está livre das leis. Todavia, os príncipes atribuem a ela os mesmos privilégios que eles próprios possuem.]

D.1.4.1pr. Ulpianus libro I institutionum
Quod principi placuit, legis habet vigorem: utpote cum lege regia, quae de imperio eius lata est, populus ei et in eum omne suum imperium et potestatem conferat.
[D.1.4.1pr.
O que agrada ao príncipe tem força de lei. Visto que o povo, por lei régia que foi durante o imperium dele promulgada, conferira a ele todo o seu imperium e sua potestas.]

D.1.4.1.2.
Plane ex his quaedam sunt personales nec ad exemplum trahuntur: nam quae princeps alicui ob merita indulsit vel si quam poenam irrogavit vel si cui sine exemplo subvenit, personam non egreditur.
[D.1.4.1.2.
Evidente que algumas delas são pessoais e não se prestam a exemplo: pois não vai além da pessoa o que o príncipe concedeu por méritos, ou se impôs como pena, ou se assistiu alguém determinado.]

D.1.4.4. Modestinus libro secundo excusationum.
Posteriores leges plus valent quam quae ante eas fuerunt.
[D.1.4.4.
As leis posteriores valem mais do que as que existiram antes delas.]

D.1.5.1. Gaius libro primo institutionum
Omne ius quo utimur vel ad personas pertinet vel ad res vel ad actiones.
[D.1.5.1.
Todo direito que usamos ou se refere às pessoas, ou às coisas, ou às ações.]

D.1.5.4pr. Florentinus libro nono institutionum
Libertas est naturalis facultas eius quod cuique facere libet, nisi si quid vi aut iure prohibetur.
[D.1.5.4pr.
A liberdade é a faculdade natural de fazer o que cada um apraz, a não ser que isto seja proibido pela força ou pelo direito.]

D.1.5.7. Paulus libro singulari de portionibus, quae liberis damnatorum conceduntur
Qui in útero est, perinde ac si in rebus humanis esset custoditur, quotiens de commodis ipsius partus quaeritur: quamquam alii antequam nascatur nequaquam prosit.
[D.1.5.7.
Quem está no útero é protegido igualmente, como se estivesse in rebus humanis, todas as vezes que se pergunta das vantagens do próprio parto: embora de modo algum favoreça a outro antes de nascer.]

D.1.8.2pr. Marcianus libro tertio institutionum
Quaedam naturali iure communia sunt omnium, quaedam universitatis, quaedam nullius, pleraque singulorum, quae variis ex causis cuique adquiruntur.
[D.1.8.2pr.
Algumas coisas são por direito natural comuns de todos, outras da coletividade, outras de ninguém, e a maior patê delas dos indivíduos, as quais são adquiridas a cada um por várias causas.]

D.1.8.3. Florentinus institutionum libro sexto
Item lapilli, gemmae ceteraque, quae in litore invenimus, iure naturali nostra statim fiunt.
[D.1.8.3.
Igualmente se tornam imediatamente nossas por direito natural as pedras preciosas e as demais gemas que encontramos no litoral.]

D.1.9.2. Marcellus libro tertio digestorum
Cassius longinus non putat ei permittendum, qui propter turpitudinem senatu motus nec restitutus est, iudicare vel testimonium dicere, quia lex Iulia repetundarum hoc fieri vetat.
[D.1.9.2.
Cássio Longino reputa que não se deva permitir judiciar ou dar testemunho a quem foi removido (e não restituído) do senado por torpeza, porque a lex Iulia repetundarum (lei Júlia da concussões) veta que isso se faça.]

D.1.16.1. Ulpianus libro primo disputationum
Proconsul ubique quidem proconsularia insignia habet statim atque Urbem egressus est: potestatem autem non exercet nisi in ea província sola, quae ei decreta est.
[D.1.16.1.
O procônsul, tão logo saia da urbe, certamente mantém as insígnias proconsulares por toda a parte. Mas não exerce a potestas senão naquela única província que lhe foi atribuída por decreto.]

Assim finaliza o livro do digesto.
[Essas seleções do digesto de justiniano para o Domínio]