quarta-feira, 26 de novembro de 2008

[História] Grande Percalço: A guerra e destruição de 1637.

O Grande percalço: A Guerra.

Por “Guia de IHVOC”
Assim começa o 'Grande relato da Guerra em Ciriji', eis que pois muitos são os pais dessas histórias. Tentamos de forma condizente explicar-lhe a historia de forma mais próxima da verdade.
No Grande e ensurdecedor nascente século 17 com a 'expansão' dos domínios e vampiros esquecidos e outros bem presentes diziam suas 'felizes' filiações e alinhamentos a um dos três domínios no Grande Ciriji. Os mais afoitos iam para longe e para esquecimentos mil, pouco se tem ou nada se sabe desses primeiros 'exploradores'. É dito que Sir Gaspar de Lorençu, com 'u' mesmo, fora o primeiro vampiro a ter no Canidé. Provas não há, não se sabe também nada desse membro.
Sabe-se, contudo, que as expansões das 'feitorias' e 'curralejos', bem como o inicio dos 'sesmeiros' levou aos dois domínios do centro de ciriji, 'norte e a sul do rio' a entrarem em atrito. Tão logo as ditas famílias de sesmeiros influenciáveis eram escassas, logo a luta por esses pobres fantoches fora acirrada ao longo do rio cotinguiba e ao longo do rio que corre ao lado de São Cristovão, perigos ainda havia muitos, índios bravios e hostis ainda amargavam seus ódios pelos “bondosos colonizadores”. Recursos poucos e avidez muita levaram ao conflito que foi se alargando.
Nesse período um explorador humano chamou atenção dos 'poderosos' dessas terras, fossem eles autoridades humanas ou vampíricas. O explorador Belchior Dias e sua expedição em 1619 ad, diz ou se soube por um de seus expedicionários incontidos (Talvez esse pequeno acréscimo ao drama de Belchior seja por causa da família) que havia ouro no Tabaiana (Itabaiana) ou outro lugar desses sertões desconhecidos que vasculhou. Tamanho drama e euforia causaram que o Governador das Colônias o mandou prender, em San Salvador na Bahia ele foi encarcerado. Essa noticia desse “pequeno Eldorado” dos Ciriji, levou criaturas gananciosas da família a correr riscos incompreensíveis tanto hoje como naqueles tempos. Sabe-se contudo que os 'Domínios do Cotinguiba' e a 'Sacra Sé da Fé Verdadeira' puderam com isso criar suas expedições, modesta frente a uma expedição pequena humana, mas em termos de membros da época duas enormes expedições concorrentes foram criadas. Deu-se com isso o inicio da guerra, a guerra do caminho prateado nas proximidades da futura Itabaiana. Não se sabe ao certo que venceu ou qual o numero de vitimas ou a verdade. Pois os registros dessa guerra se perderam na guerra Holandesa que viria, como também os poucos fragmentos fora pilhados novamente nos idos de 1836, se o que sobrou dessas pesquisas estiverem certas sobre esses danos histórico. Os embates entre esses domínios são de concordância comum, não se sabe o grau e natureza dos conflitos todavia. Provavelmente usando mão-de-obra escrava, índios cativos ou simpáticos as causas bizarras e de mercenários inescrupulosos, bastantes comuns na época. Escaramuças, atos traiçoeiros e sangrentos. Fizera as criaturas perversas se refestelar.
O clã Nosferatu registra a perda de Thairu leão d'Africa por esse período. Todavia se essa informação estiver correta, os Lancea Sanctum ficaram com margem de vantagem.
Então aos poucos, o gado o humano se expandia, as novíssimas artimanhas tecnológicas dos engenhos e suas plantações e seus cativos se expandiam, e os vampiros pareciam satisfeito a ponto de promover suas próprias guerras. O pobre Belchior Morreu em cárcere em 1622.
Os vampiros de Ciriji já tinham a muito esquecidos dele quando em 1637 ad aconteceu o pior e impensável, nem tanto todavia, mas que os vampiros estavam desatentos estavam. Os humanos holandeses invadiam o Ciriji. Destruíram Pau-Piau no caminho de suas conquistas. Saquearam todo o Cotinguiba, causando pânico e fugas e grandes colunas de fumo subiram aos céus. “As grandes colunas de fogo cinza e laranja subiam aos céus azuis escuro da noite perpetua”. Seguiram até a sede do governo português. Lá queimaram São Cristovão até as bases.
Dizem os registros que Dom Antônio do Lancea Sanctum pereceu num desses incêndios. Os relatos ficam mais confusos quando dizem que ele foi extinto na guerra de 1836, e sim que ele ficou com muitos ferimentos terríveis que o levaram ao torpor nesse evento de 1637. Não se sabe a verdade. Ou pelo menos não se quer que se saiba. Claro a teorias conspiratórias até a respeito disso. Mas sabes como os Lancea Sanctum são hostis quanto a isso. Os relatos desse período de incêndios e horror real tanto para membros quanto aos humanos são escassos e muitas vezes re-escritos descaradamente nos anos de 1700 numa versão que agradasse os vampiros. A verdade só mancharia suas honras e bem polidas e belas histórias e fabulas.
Contudo registra-se nesse período de guerra o aproveitamento, condizente e restrito todavia, dessa situação. Os Lancae Sanctum apesar da vantagem inicial na “guerra do caminho dourado das Tabaianas”, sofrem gravemente com os revés da guerra holandesa, já que seu quadro de essência católica fora avidamente caçada pelos protestantes holandeses e seus diversos auxiliares. Com isso tiveram esses membros recuar com os colonos portugueses no que pudessem. Eis ai o forte indicio da destruição de Dom Antônio (mas como acima mencionado, pode ter sido torpor). Os Invictus, pelo menos em nome, tiveram assim chance de iniciar uma expansão, cautelosa. Porém tiveram que lidar com algo inesperado para eles, membros holandeses. Muito dizem que daí surgira o termo Conde para o líder do Cotinguiba, em tom de ironia a esses vampiros holandeses da “republica holandesa”. Todavia confirma-se só a enfase no uso desse título, não a sua origem.
Sabe-se com isso que os Invictus tiveram contato e atrito com esses membros incursores de outras terras e ideias. Os Lancea Sanctum fugiam como podiam e reconstruíam suas forças frente os humanos nos sertões que se fazia limite a area sob a ocupação holandesa. Dez anos complicados e de baixas tanto para os humanos tanto para os membros por estás terras. Sabe-se contudo que em territórios nos sertões sem leis novos membros também sem leis começavam a se instalar despercebidos pelo grande clamor que permeava. Com o fim da ocupação do território de São Cristovão em 1645, todavia não o fim da guerra, voltavam os membros do Lancae Sanctum assim que os portugueses se recuperavam da cidade. Acervos e registros importantes foram perdidos.
Uma grande carestia se abatia sobre os membros nesse período de caos, ainda mais que durante o período da guerra, já que os territórios 'libertos' não tinham grandes contingentes humanos e havia muita destruição. Membros partiram, outros pereceram, outros ainda entraram em torpor de forma gravosa e de inanição. Persistiu a fome entre os membros nesse período pós grande guerra de 1646 a 1659, quando os contingentes humanos começavam a recuperar-se vigorosamente. Houvem assim um recomeço que não passou despercebido para os membros.
Tem-se assim a reconstrução para os membros de sua sociedade, se é que se pode chamar assim, alguns membros são dessa época.
Os Lancae Sactum com José Quirino começa a reconstrução do acervo e inicia contato com Nathanael, este o repudia prontamente, perdendo-se a chance de paz naquele século entre as Coalizões, o que se mostraria uma oportunidade perdida já que ambas estavam fracas.
Os membros contabilizavam assim suas perdas, havia-se perdido Pau-piau, os engenhos do cotinguiba estavam destruídos, São Cristovão erguia-se dos escombros, as comunicações formas de negócios foram todas perdidas. Nem os gados haviam sido poupados pelos exércitos, é obvio exceto para os membros.
Os sertões mais distantes escreviam para si historia própria com a chegada dos refugiados e novo aporte de sesmeiros (grileiros ávidos), a oportunidade era lá naquele momento de carestia, contudo como uma terra sem leis e eivada de perigos desconhecidos, só podemos considerar que riscos mediam que podiam pagar. Suspeita-se que o “Enviado de Dom Sebastião” tenha iniciado seu pequeno reino por dessa época. Crê-se que Dom Dias ainda era humano, mas isso permanece em especulação muito grande. Talvez quem saiba sobre isso seja o “Atarracado”, servidor perpetuo da perfídia.
Tão logo no “Sergipe Del Rey”, se fazia guerra novamente, dessa vez os humanos portugueses e seus muitos colonos já 'brazis' a algum tempo, faziam guerra aos mocambos dos negros em 1667. Sangue derramado avidamente que se fez registrar 'a Grande fome da Anciã' na historia oral do Circulo da Anciã. Tamanho massacre que lembrou já velhos tempos de 1589. Novos massacres enchiam as terras de Ciriji novamente de sangue, mas essa era diferente da Guerra com Holanda, os membros já estavam preparados e alguns afeitos a esses hábitos portugueses de massacres. A fome fora saciada fartamente e luxuriosamente nesse período pós-guerra, de forma tal que iria formar uma geração perturbada e revoltada que faria frente a uma geração sem-consciência e afeita a luxos perversos que uma era de escravidão e excessos imorais e desumanos pode criar. Um território sem leis que estava cultivando seu próprio e macabro fim. Uma nova era haveria de surgir.

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