quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

[Contos e Histórias] Memorial de Natanael Portis Negrão aos seus.

Memorial de Natanael Portis Negrão aos seus.
Em 1700ad.

Afora pelo mundo, no que me consta, muitas atividades me preenchiam de entusiasmo. Depois de certo tempo, minhas humanidades pareciam deveras pequenas no vislumbre de minha andança no terrível mundo. Com nosso comum comercio vinha a fenecer, voltar as atividades corriqueiras do tempo antes da guerra empreendidas pelos batavos se tornará prioridade, com certeza fiz uma certa fortuna nesses "anos de tranqüilidade", claro tranqüilos..., que viessem a cá antes de lhe exigirem obediência e demais cousas. Questionava-me afora sobre as coisas, algum dia culminaria em algo este estilo de conduzir a lógica.
Lembro-me d'algo que aconteceu antes da guerra Batava, algo inusitado a aquele marasmo militar e de proteção de reservas de sobrevivência que nos constrangiam àqueles tempos. Acredito que o incidente aconteceu em 1611. Inverno, verão, não sei bem dizer, tudo é seco e depois molhado, depois seca de novo, é o máximo de perspectiva que se pode esperar sobre clima por destas bandas. Constando dessa época nossa precária rede de informações, nos veio notória noticia do incidente acontecido com o nosso afoito padreco Lancae Sanctum, constava das informações que deveras criatura maliciosa vinda do sertão clamava todo o território circundante da escassa terra "paroquial", constou ainda dos informes do intrépido incidente de perseguição a peixeirada, fora das quebras notórias de mascara, de nosso afoito padreco, não pelo visto que suas violações constata-se de punição em relação as atenuantes, estas do padreco podiam ser simplesmente contornadas. Constava em deveras graus de detalhes que o "salafrário" gritou com o padre e sacou a peixeira, ao que o "padreco" replicou com fervor e indignação e sacou um papel como se toma-se nota para uma possível excomungação, evidentemente tal ardil lhe resultou tremenda e desenfreada fúria de seu interlocutor. Pela primeira vez ao relato o sacerdote usou de um bem comum a todos os bons cristãos e selvagens, saiu correndo em busca de proteção, enquanto portas e janelas curiosas se fechavam em solidariedade a uma gentil conversa que estava em andamento, postou-se o padre atrás de uma coluna de madeira que sustentava um sobrado, a parte das informações que era cifrada e precisou de de certo tempo para ter um pouco de precisão, alguns informes diziam que ele adentrou o dito material de madeira, contudo seu interlocutor não se abstivera de ter suas satisfações. Grandes peixeiradas e socos fizeram um grande estrondo e uma nuvem de farpas e destroços se revelou e muito sangue gravou o local num ritual não tão religioso, gritara o padreco o qual saia correndo pelos espinhais, o qual sem duvida atiçou o desejo de caça de seu perseguidor que brandia seu facão ao ar em solidariedade aos gritos do padre. Tamanha a fúria que deixou uma trilha usável por aqueles cactos.
Chegou a seu tempo as noticias, e o devido informe e suas duas vertentes, uma de nosso humilde interlocutor, que humildemente clamava todo o território a qual pertencia a sua digna pessoa, como de todo território a que chegasse a noticia, então tinhas um novo "rei", de todo o mundo por sinal. Meditei em tons breves, como me aproveitar daquela brecha diplomática que surgia, não podia ceder as possíveis ameaças e perigos advindos desse membro nesse caso. A outra vertente sobre o caso, era do padreco e da religião da lança, seus farrapos e condições de leigo em sobrevivência não necessitavam de muitas explicações. Segui meu projeto de preliminares satisfações. Enviei os pequenos lacaios da noite como bandoleiros a fim de satisfazer meu ego. Para ele as pragas do Egito ou ira de um Sebastião. Depois as satisfações diretas. Ao qual não tinha duvidas na época como proceder. Procedi para os incógnitos de Itabaiana e sua estranha época, meus conhecimentos me fizeram logo chegar lá, mais do que alguns conhecidos podiam esperar...
Adentrei a vila, não era tolo seus lacaios avisaram da presença de minha persona. Me dirigi a ele como de costume, não tinha me apercebido a época, fui em sua direção, rosnando, no melhor sentido da palavra, antes que eu pudesse dizer algo, após a fuga,ao tradicional estilo. Que isso? Eu só tinha olhado feio! Como disse, na época não tinha me apercebido do causo. Assim nos constou nosso primeiro incidente, com o ainda inepto a época, com Zebedeu. Que curti-se sua estadia ao degredo nos "Ermos", nos apropriando dos termos modernos. Assim me sobrará postar em "contas o pequeno serviço", não se tratava é claro de simonia, mas poderíamos negociar.

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