quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

[Contos e Histórias] Tudo parecia calmo. Memórias de Natanael Portis Negrão.

Tudo parecia calmo.

Depois de um tempo tudo parecia calmo nos idos de del Rey...
Parecia...
Memórias de Natanael Portis Negrão. 1605 ad.

Tendo o tempo acalmado, relativamente, os ânimos, posto os índios em chamas ou em fuga, nada mais sobrava-nos a não ser voltar as atividades, conforme sempre fora. Supúnhamos. Ademais as atividades corriqueiras, vi me a negociar com elementos de minha famigerada família humana, demos por entender que o comércio que exercíamos não seria olvidado pelos portugueses, em ambos os sentidos contudo. Expus-me em direção ao pequeno vilarejo que se formara, é claro que depois de algumas mudanças a de se notar por alguns conhecidos meus. Gritei a brados altos numa noite dessas, o que deixou os colonos portugueses e sua decrepita formação assustados, afinal tinha me extirpado de um nativismo naquele tempo..., em deveras medo a verem-se hostilizados na fuga em seu vernáculo com um tanto de sotaque. "En effet cela oui!". Recuperava-me com as atividades. Entretive-me ainda com um atividade que se mostraria deveras lucrativa e um tanto suja, pensei que era modismo, "la mode est mode, il n'est pas?", a escravidão de negros d'africa. Com tanto de lucro e de subjetividades nesse negócio, que se fez prioridade em meus atos, deveras, deveras entretido estava. Quando um papagaio maroto me contou...

"Quand un perroquet expert a compté à moi..."
Um tanto tempo tive, quando se tem tal tipo de tempo você fala com as coisas, um tanto estranho com os "membres" é que algumas coisas respondem... Um desses casos foi desse, diríamos, papagaio. De vôo em vôo ele trazia-me noticias, disse-lhe mais de uma vez, esconde-te e não fala com os humanos, "il ne parle pas avec eux."

"Certainement il n'a pas parlé dans le Français!", sem dúvidas contudo o papagaio não sabia meu idioma materno, antes de seu patético fim e seu atroz pedido de suborno, "dois biscoitos, dois, dois!", passará ele informações detalhadas, claro com a paciência apropriada, a época dispunha de certas facilidades temporais. Informações de um certo humano que como eu tinha hábitos noturnos perturbadores, mas esse não era o fato estarrecedor, o estarrecedor era sua conversa com os "homens de cores e suas varas cortantes", deveras, deveras, me intrigava-me tal situação.
Verificar as atividades no vilarejo iria, lá saberia que sim ele estava se ameigando com a guarda, com que propósito sombrio e periculoso eu não trataria de esperar, tratei das providências e de tratar de alguns obstáculos.

Agigantávamos e tratamos de nos opor a tais atividades, quando uma sucessão de reveses a ambos nos constrangeram, claro antes de tudo tratei de impor a ultima palavra.
"Une petite suggestion pour les personnes, que certainement la vision a petit!"...

Tratei de encontrar a criatura e traze-la as luzes e é claro expor suas atividades, considerei em neutralizar a vila portuguesa num contexto de uma possível guerra, contudo nossas primeiras atividades fora deveras promissoras, reservei-me um direito territorial que contudo não contava em ordem de ninguém, por uns bons séculos é verdade, me asseverei de evidentemente de vender o produto.
Decidíamos em termos solenes a divisão de matos e arbustos, em termos comparativo só as rei de Aragão e Castilha e os tontos dos Portugueses.
"Ce creux est le mien!".
Assim me propus a gentilmente atormenta-lo e defasar sua estratégia. Se é que houve uma a algum momento. Como sempre, tratei o assunto em termos genéricos, cousa que fiz como ato corriqueiro, é verdade que minha estadia ao norte no rio era notória aos membros daquela época, se conta seus números a duas mão decepadas, mas já era um começo... "Déjà c'était un début!"

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